segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

PORTO DE ABRIGO!

Barco bem mareado
tem de atracar nos portos do mundo
para em segurança se manter apeado
nem que a paragem durante um simples segundo!
 
Pois barco que navega sem rumo
sem porto que o acolha
sem manter uma rota, um prumo,
é barco que faz como a solha...
 
Ao fundo vai mergulhar
escondendo-se na areia
para nunca mais voltar
a navegar, maré vaza ou maré cheia!
 
Que adianta navegar?
Se não temos um porto de abrigo
que por vezes pode ser difícil de alcançar
mas mais cedo ou mais tarde nos acolhe do perigo!
 
Na hora das verdades
o marinheiro dorido,
e o barco, enfrentando tempestades,
só anseiam atracar, no seu porto de abrigo!
 
Talvez esse porto seja uma ilusão
talvez o marinheiro se engane então!
O porto que é porto deixou de ser abrigo
é o porto da ilusão, marinheiro ferido!
 
O marinheiro lá no fundo acha que não
o marinheiro sabe, não se engana,
por esse porto tem tremenda paixão
e foi nesse porto que decidiu construir a sua choupana!
 
Talvez por ali se deixe deter
naquele porto até um dia, velho morrer...




 
(do autor Sérgio Moreira, dedicado à mais especial das pessoas)

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