sábado, 31 de dezembro de 2016

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

FELIZ NATAL

- Falem-me da noite de Natal,
e, o porquê de ser tão especial?
Falem-me da noite de consoada
e, o porquê de (para muitos) ser abençoada?

- Falem-me anjos do céu
se é que existindo, me podereis falar,
preso a nesta melancolia me sinto réu
como esta noite triste, triste é este rimar!

 - Não falam?

- Falem-me então criaturas da noite
amparai esta infinda tristeza
que a escuridão me dê tal açoite
e nesta penumbra encontre alguma beleza!

- Calem-se!

Não me falem de decepções
nem quanto, o bicho Homem pode ser ingrato,
acreditando em ridículas ilusões
o bicho Homem torna-se caricato!

E nem dos outrora considerados amigos,
como para alguns é fácil esquecer,
uma palavra, uma voz proferidos,
dirigidos a inquieto e melancólico ser
aqueles que por mim, um dia foram queridos,
alguns já nem lembro de vivos ver
se transformam agora, em anjos caídos,
e a aura da amizade se fez desvanecer...

- Afastem-se criauras da noite, fiquem longe de mim,
deixem que a este cheguem os anjos do céu
e talvez de uma forma simples assim
encontre alguma luz perdida na penumbra, no breu.

 - Cheguem-se a mim brancos e doces anjos
tocai harpas e trombones de puro prazer
convosco trazei santos e outros arcanjos
que têm vocês que me possam dizer?

- Nós somos os anjos do céu vindos,
para neste momento te reconfortar
melancolia e tristezas no teu intimo sejam findos
e no bicho Homem voltes a acreditar!

- Este cálice de mim afastai
no bicho Homem já não creio
não bebo do mal que me atrai
nem tão pouco do mal alheio!

- Muda o teu modo de pensar
neste noite tão especial
pensa naqueles que te amam e, tu possas amar,
e assim seja pura esta noite de Natal...


FELIZ NATAL!


Sérgio Moreira


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

OTL NATAL - CASA DO POVO DE LANHESES

PARA OS EVENTUAIS INTERESSADOS, AQUI COMPRAZER SE DIVULGA:



Casa do Povo de Lanheses

Ocupação dos tempos livres
        - Férias de natal -
19 de dezembro a 30 de dezembro;
das 8.30h às 18.00h;
para crianças dos 6 aos 12 anos;




Actividade Desportiva Jogos
 Expressão plástica cinema
Realização dos TPC  Hora do conto

Informações/inscrições:
CInformações/ inscrições:

        Casa do Povo de Lanheses:

       258 733 933/ 937 369 552


DIVULGAÇÃO - CASA DO POVO DE LANHESES

Para os eventuais interessados, com todo o prazer aqui se divulga:




segunda-feira, 14 de novembro de 2016

UM ÓSCAR PELO DERRUBE DO NINHO DE CEGONHA-BRANCA!

Bico comprido, avermelhado, olhos negros, enormes, belos, lançando não menos belo olhar sobre o céu que a rodeia na ânsia de ver no horizonte os contornos dos telhados das moradias e das verdes paisagens de Lanheses, o rio Lima, já tão familiar, o contorno dos areais e o serpentear do leito; tudo lhe é familiar e, eis que após tremenda e longa viagem, cansada, olhando para o lado e comunicando com o seu par, daquele jeito que só os animais irracionais conseguem comunicar, e o ser humano nunca irá entender, avistam a chaminé que lhe tem dado guarida e servido de poiso para prolongar a prole, naquele ninho por eles (casal) construído à custa de muitas idas e voltas à veiga em demanda de ramos e pequenos galhos de amieiros e carvalhos tombados pelo chão. 

Mas, algo de estranho se passa. Aquela chaminé será a mesma? Onde está o ninho? E pousar no seu cimo como é possível com estes objectos pontiagudos? Não é!

Estafadas da longa viagem, macho e fêmea pousam sobre o telhado, descansando de tão longo trajecto voado e sem se aperceberem que o ser humano, ou talvez até, apercebendo-se sim, lhes pregou mais uma partida! 

O ninho já ali não está! Há que procurar outro local para prolongar a prole e a espécie, a natureza não se compadece com as questiúnculas do ser humano e, no instinto destas aves, assim pela natureza projectado, a ânsia de voltar a nidificar e aumentar a prole não definha. 

Há que procurar, à semelhança das "primas" que tinham ninho construído mais a Este sobre um dos postes da ETAR, e também não o encontraram na volta de mais uma viagem, outro local para nidificar.

Asas belas bem abertas, um gloterar bem sonoro sobre o telhado, com os bicos a baterem com toda a força, lá levantam voo no céu em busca de novo poiso. 
Talvez não saibam, mas o autor do blogue aconselha a que seja, esse poiso, bem distante de humano olhar...













Deixando as fábulas para outras ocasiões e voltando ao infinitamente triste mundo da realidade, o certo é que por motivos economicistas, tendo em vista a exploração de serviços, comércio local e até da prestação de serviços, os proprietários do prédio em questão ou melhor afirmando, da chaminé em questão, decidiram que o derrube do ninho de cegonhas brancas, por motivos vários, um deles segundo fonte particular, o do lixo que a actividade destes animais acarretava para aquele espaço, seria inadiável. Munidos certamente com a respectiva autorização do ICN- INSTITUO DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, o ninho já terá, à data desta escrita, sido retirado do local onde estava, naquela horripilante chaminé, que por alguns anos ganhou alguma alegria, cor e beleza precisamente por causa destas maravilhosas criaturas aladas que ali decidiram construir moradia e berçário para gerações vindouras de outras não menos belas criaturas!

Coincidência ou não com o motivo apresentado para o derrube do ninho, o lixo que fazem; a população de cegonha-branca em Portugal tem vindo a aumentar rapidamente por dois motivos essenciais: em primeiro o aumento da população de lagostins (autêntica praga e delicioso petisco para esta ave) e em segundo lugar o aumento de lixeiras e de zonas de lixo, onde estas aves, que se adaptam perfeitamente a certas condições ambientais, encontram alimento em abundância e assim evitam até em realizar a penosa e perigosa migração até terras de África. Com a ajuda da actividade humana, estes seres estão até a deixar de migrar, pois em Portugal encontram alimento e ambiente para restarem durante todo o ano. E se a espécie nos idos de oitenta se viu, em território nacional, drasticamente diminuída sem ao certo se saber o motivo, agora floresce e aumenta a cada contagem anual de ninhos, muito pelas medidas de protecção das quais foi alvo, mas, fundamentalmente muito pela acção do ser humano. 

As alterações climáticas também o fazem sentir e assim são possíveis de se observar ninhos de cegonha-branca, no nosso distrito e no distrito de Braga, quando há vinte, trinta anos, quem quisesse ver cegonhas-brancas, só as veria depois de passar Aveiro e a sua ria e, mais pelo sul do país, onde perduram os climas mais amenos.

Em Lanheses acontece precisamente o contrário ao restante território nacional! 
Se está certo ou está errado, não compete ao autor do blogue julgar e criticar outros, na sua opinião, o derrube deste ninho é uma tremenda tristeza e uma machadada na beleza da avifauna lanhesense, quando mais apadrinhado (ao que parece ser) pelo ICN, por razões que o mesmo autor não entende. Se ali existisse uma rede de alta tensão que pusesse em perigo a vida das aves, ou até a ocorrência das aves ali levantasse entraves à actividade económica, o que não lhe parece, ou pusesse (até também) em perigo a vida de pessoas e seus bens, talvez aí o autor do blogue encontrasse justificação, factos que não lhe parecem de todo ocorrer! 
Em conversa com as mais variadas pessoas, o autor do blogue sempre afirma para que não se esqueçam que a Cegonha-branca não é endémica desta zona geográfica, mas por outro lado também o diz, se estão cá, então porque não apreciar toda a sua beleza e magnanimidade enquanto ave!?!

Retire-se o ninho!

Assim vai este planeta, que já foi mais azul, e se a triste vida de cada um, já dominada pelo factor numerário/economia/dinheiro, é uma vida vivida de ilusões (não se iludam, porque todos temos um fim e quando esse fim chegar, tudo acaba, nada levamos para o outro mundo, até porque precisamente, esse outro mundo não existe), mais triste se torna quando ocorrem estas situações. Se por um enorme acaso natural nos dão a possibilidade de apreciarmos as belas coisas que a natureza e a vida nos oferecem, porque não aproveitarmos e desfrutá-los enquanto vivos? 
Lanheses (metaforizada), aldeia incluída no rol de aldeias apostadas na vanguarda da destruição daquilo que de belo e de natural tem, ou ocorre, merecia (por vezes) no entender do autor do blogue, um Óscar! Salvem-se honrosas excepções, excluindo esta, claro está!

Vão-se embora as Cegonhas-brancas, fiquem as zonas industriais, e os camiões a toda a hora, e o lixo, e os lagostins, e o comércio, e a bola, e os tiros para o ar às quintas, domingos e feriados, e o diz-que-diz...


PORQUE NÃO VIVER A VIDA APROVEITANDO AQUILO QUE DE BELO (POR VEZES) A NATUREZA NOS OFERECE?...

A palavra - conciliar - diz-lhe algo, amigo(a) leitor(a)?


sábado, 5 de novembro de 2016

PORMENORES NUM SÁBADO DE MANHÃ

Assim vai a vida, correndo lânguidamente e como é usual quinzenalmente, ao sábado realiza-se a respectiva feira, no largo do Agrupamento de Escolas de Arga e Lima.

Aqui ficam, no blogue, dois pormenores de um sábado de manhã em dia de feira...




Sob um sol deveras agradável, brilhando no céu, atípico com os dias do mês que se vive, e com um ventinho gelado quando baste fazendo lembrar os mais incautos que o Outono está aí para ser vivido, assim vai correndo a vida.

Que continue a correr...


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

OS PRIMEIROS TONS DE OUTONO!

Sentado no cadeirão da varanda exterior, com vista para os campos, castanho olhar percorre a paisagem e deleita-se com os tons da natureza, entre os verdes escuros, alguns verdes claros, mesclados com os tons de ocre, de amarelo e tons de castanho. 

É a dança das Estações do Ano e quem "baila" neste momento é o Outono! Já se visualizam perfeitamente as suas cores na paisagem (ainda) verdejante, quando a mãe natureza, já prepara muito de si, para o sono invernal que em breve chegará.

As primeiras folhas vão amarelando, das árvores vão caindo, as flores fecham as suas coroas e muitas das aves que visitam este pequeno quintal por alturas do Verão já não se vêem, apenas restam os pardais e os piscos-de-peito-ruivo, teimosamente a restar pela verdura do relvado deste pequeno quintal...

Nas chaminés vizinhas eleva-se muito suavemente no céu (pejado por alta neblina) uma ténue fumarola, prova de que algumas lareiras ou fogões já queimam madeira e em campo vizinho, dois canastros sob verde oliveira, feitos de canas de milho secas, compõem este cenário de calmaria!






































Soberbos(...)estes finais de tarde onde a calmaria reina e toma conta da alma, mesmo, supõe o autor do blogue, que essa mesma alma possa ser a mais rebelde de todas as almas que divagam pelo espaço, merecedora sendo, em contemplar e provar de momentos como este! Logo ali se torna complacente...

Em frente a castanho e humano olhar, empoleirados em acinzentado muro, dois piscos conversam estridente e alegremente!
Não é belo este quadro?


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

OUTONO - EMOÇÃO EM DEZ TERCETOS

Outono dos tons dourados
entre matizes castanhos,
ocres, amarelos, queimados.

Outono da vida tida e mantida
arrefecer de uma alma aquecida
preparação para o adormecer da vida.

Desfolhar como as árvores desfolham
e os primeiros pingos de água,
muitas almas molham.

Outono da borralha
da castanha
e da fornalha.

Lareiras de emoção
frias, que com lume brando
aquecem outonal coração.

Outono das neblinas matinais
das geadas intemporais
orvalho nos canaviais.

Das longas noites frias
curtas alegrias
acastanhadas fantasias.

Outono da flanela
lençol aconchegante, amor na lapela,
acastanhado amante.

Perde a coroa a flor
perde-lhe o estame, perde a cor,
entre a flanela do Outono.

Dois corpos encontram o amor
ocre flanela num sono
dois amantes em castanho trono!


(do autor Sérgio Moreira)


O COLOSSO PRECISA DE CHUVA...

O colosso tronco precisa de chuva, precisa de água que lhe sacie a sede, ou em breve um dos mais espectaculares símbolos arbóreos desta aldeia tenderá a morrer...







Em conversa com o autor do blogue, o seu proprietário mostrou-se consternado e triste, no entanto e tal como quem escreve estas palavras, a esperança é a última a morrer; esperemos pelas época das chuvas! Talvez o colosso não esteja seco e morto e no Outono com a humidade que lhe é característica, esta colossal árvore se possa salvar...

Seria uma tremenda perda para esta aldeia, que exemplar histórico e colossal, colossal dada a sua desmesurada dimensão, histórico, como testemunha de uma emigração não muito longínqua para terras de Vera Cruz, Brasil, onde ainda hoje, residem inúmeros lanhesenses, mesmo que nada tenha que ver com o coberto vegetal autóctone nacional, viesse a desaparecer de humano olhar que a possa observar!

Entretanto os dias passam lentamente e cada dia que passa para esta árvore é um dia de luta pela sobrevivência. Venha a chuva!


terça-feira, 20 de setembro de 2016

DIREITO DE RESPOSTA A QUEM O ATACOU! O "AMARELINHO E AZUL" JÁ ALI NÃO ESTÁ!

Depois do post - "Crónica de uma morte anunciada, ou talvez não!" - muitos foram os que atacaram o autor do blogue pela escrita redigida no blogue relativamente ao tema, autocarro da UNIÃO DESPORTIVA DE LANHESES. Com excepção de uma amigo pessoal do autor do blogue, membro da direcção do clube desportivo da terra, a quem o autor do blogue saúda pela frontalidade demonstrada (mesmo sem que nome algum cite) e que fez questão, telefonicamente falando, em mostrar o seu desagrado pelo artigo redigido mesmo que não o tenha lido todo mas devia; muitos foram (sabe-o bem) os que criticaram severamente o autor desta página, sem que o fizessem frontalmente, afirmando que estaria a pôr em causa todo um trabalho longo e penoso desta associação, entre outras coisas vagas, por vezes palavreado de alcoviteiras comadres...

O autor do blogue vem agora, porque lhe assiste esse direito, responder às criticas, para tal afirmando o seguinte:

  • O autor do blogue não é contra a UNIÃO DESPORTIVA DE LANHESES!
  • O autor do blogue não criticou ou tentou destruir (criticando) todo um trabalho penoso e moroso que esta associação tem vindo a desenvolver, no sentido de engrandecer o clube!
  • O autor do blogue continua a mostrar e a sentir tremendo respeito e admiração, pelas associações que existem na aldeia e pelas gentes, que abdicando do seu tempo livre, o devotam ao serviço da comunidade e das referidas associações!
  • O autor do blogue apenas referiu um facto que lhe incomodava perante o olhar!


No entanto, algo é mais que certo! 
O autor do blogue tem sempre a sua opinião e sem falsos pudores ou moralismos bacocos, apresenta-a doa a quem doer, e se estiver errado, retratar-se-à publicamente. Neste tema em particular, não se achando errado, apenas referiu com alguma mágoa no espírito, uma situação que vinha a ocorrer há já longos tempos, prejudicial para o clube da terra e para a digníssima imagem, que desejam, os seus dirigentes, catapultar para o exterior, tal o decrépito estado em que se encontrava o autocarro do clube, com a agravante, em local onde todos os que ali passassem podiam ver.

A atitude dos dirigentes desta associação, vem dar razão ao que o autor do blogue referiu nesse famigerado post e hoje, o mesmo, pôde constatar in loco que o "amarelinho e azul" já ali não está! Em conversa telefónica com o já citado dirigente da UDL e seu amigo pessoal, por quem (não considere o leitor(a), estas palavras como graxa, o autor do blogue jamais vestirá a pele do personagem do engraxador), como escrevia, sente muito apreço, estima e amizade, o "amarelinho e azul" teve destino certo e já não se verá por ali ou pelas ruas da aldeia, mais.

À UDL e corpos dirigentes, o autor do blogue, mesmo que não seja apreciador de futebol e muito menos adepto da modalidade desportiva, endossa respeitosos cumprimentos e um voto público de admiração pela tremenda força de vontade que manifesta a sua direcção, em pugnar por levar adiante o sonho de terem e fazerem da UDL um clube grande. 
Talvez um esforço, que se venha a manifestar inglório no futuro, mas sem esforço e dedicação toda e qualquer glória será sempre e sempre, difícil de atingir...


Resta ali o vazio, erva seca e pó.


O "AMARELINHO E AZUL" JÁ ALI NÃO ESTÁ!


ALGUÉM QUE O VENHA LIMPAR!


sábado, 17 de setembro de 2016

À MESA DA VIDA!

Assim se inicia mais uma jornada de descanso, para muitos o vulgo fim-de-semana, tempo para se dedicarem, corpo e mente ao ócio, dolce fare niente, e a outras diversas actividades. Para o autor do blogue, final de tarde e noite, para se pôr, entre amigos, a conversa em dia, sorrir, petiscar perdido no prato entre tapas e cebolada, acompanhadas por branquinho bem gelado, mesmo que ali fora, no ar, a aragem corresse intrépida, célere e quanto o baste refrescante...abanando a folhagem das tílias e plátanos da feira, numa verde valsa sem cessar!



Sob imenso luar
e luz crepuscular 
à mesa da vida 
a amizade tem lugar
numa conversa mantida
deveras sentida
entre pratos e copos
e a mente relaxar...

(do autor Sérgio Moreira)


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

EM AGOSTO TE LI - Soneto

As primeiras nuvens aí estão,
a neblina algo sempre tapa.
Roçando enegrecido chão
sobre ele estendendo húmida capa.

Sobre todos desce o frio
o Verão assim se despede
vinda dos montes, na aldeia até ao rio,
já corre uma brisa fresca, tão leve.

Castanho Outono já sorri
lá ao fundo, no horizonte,
as nuvens me escondem de ti
por entre as pedras desse enegrecido monte.

- Não vás Verão, fica aqui
O desejo é ler-te, como em Agosto te li...




(do autor Sérgio Moreira)

domingo, 11 de setembro de 2016

CRÓNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA...OU NÃO!?!

Nas suas deslocações diárias a casa de familiares na Agra de cima, depara-se o autor do blogue com um cenário de lamentável observação, de há muitos meses a esta parte. Com efeito, estacionado na berma da estrada, ou abandonado, em plena Avenida Rio Lima, encontra-se em decrépito estado, o pequeno autocarro de transporte da equipa de jogadores afectos ao clube local, a UNIÃO DESPORTIVA DE LANHESES, num estado de semi-abandono, e que, opina o autor do blogue, em tempos de grandes obras que o clube está a realizar (e muito bem) no seu estádio, jaz ali este veículo icónico, merecedor de melhores sortes!

Sendo um estorvo, dadas as suas dimensões, diminutas para a palavra autocarro, no entanto, enormes para a conjugação de palavras - tráfego automóvel - o veículo ali está todos os dias estacionado, desligado e até sob a chapa, alguma dela já enferrujada quanto baste, um vistoso manto de ervas, lixo e pó, que lhe faz de tapete onde dormir, um sono, que acha o auto do blogue, já longo demais! 
Para não fazer referência à porta aberta serventia de passageiros, longas semanas, quer ao sol, quer ao frio e até quem sabe à chuva, que tem sido escassa mas chegou a cair dos céus...Alguém que por ali passou, ou ali se deslocou, fechou a mesma! Em certos países, ditos mais civilizados, ou até neste, em qualquer maior metrópole, este veículo, no estado em que está e estacionado que está ali, há longos meses, já teria tido sido objecto de observação pelas autoridades...















Chapa apodrecida, logótipos rotos e descolados, borrachas ressequidas e a derreteram sobre a chaparia, ao inclemente sol deste verão, merecia melhor sorte, no entender do autor do blogue, este icónico veículo e de uma vez por todas deveria sair de local onde estorva em demasia a demais circulação automóvel!

Será esta a crónica de uma morte anunciada, ou talvez esteja, o autor do blogue, completamente errado!?! Tem no entanto a certeza de que, veículo histórico e icónico como este, merecia melhor sorte. Talvez esteja na calha uma substituição (pura suposição) por um outro veículo mais recente, mais moderno; sendo assim, e nesse caso, sugere o autor do blogue, ceda a UDL este mini-bus para actividades culturais servindo a comunidade lanhesense, ponham-no ao serviço do Ecomuseu e da edilidade, não permitindo que o mesmo dê azo ao título desta crónica, e venha, como está, a caminhar para a morte!

SERIA UM TREMENDA PENA E UM DESPERDÍCIO ENORME...

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

AOS POUCOS, TUDO VOLTA À NORMALIDADE...

Vão-se passando os dias, as horas, os minutos e os segundos, calmamente o tempo se encarrega de tudo trazer à normalidade e, o dia-a-dia na aldeia vai tomando o seu quê de normalidade também.

Já distante, soluçando por outro mês que venha, a confusão típica do mês de Agosto desapareceu, quanto mais não seja a diurna, porque confusão nocturna nunca ocorreu; longe vão os tempos de uma Feira completamente moldada por enorme moldura humana e que por ali entre arvoredos e granito passava alegremente as suas noites, esplanadas dos cafés a meio-gás e pouco mais! Aos poucos a aldeia volta-se para si mesma e para os que cá estão todo o ano. 

A sul, mais do mesmo, e depois da confusão generalizada e do amontoado de gente aquando da ocorrência de mais uma Festa no Milheiral, lá para os lados do Parque verde, apesar de ao olhar de quem escreve, tendo em todos participado, lhe ter parecido esta edição a menos participada em termos de público, eis que o autor do blogue, na companhia dos seus peludos, se decidiu passear pelas zonas verdes do mesmo parque e testemunhar aquilo que de mais belo ali ocorre, a dança da mãe-natureza, mesmo que moldada por humana mão. Cortando os laivos de silêncio, só o som do vento soprando de Este, o som do chilrear da passarada em voo frenético, entre-cortados de quando em vez pelo som de um ou outro veículo automóvel, conduzido por alguém que ali também se decidiu a provar e beber dos silêncios da paz!

Gente? Nenhuma! Só o autor do blogue, a sua Fuji e os dois peludos, marcando território incessantemente...

























 Alguns dos exemplares arbóreos que o autor do blogue conhece, desde a sua "nascença", lhes conhece bem a história de vida e que se têm desenvolvido muitíssimo bem...







Um novo e frondoso Freixo dará daqui a uns anos este exemplar!



Eis aqui Setembro em todo o seu esplendor, eis aqui Setembro quente e bucólico, o Outono já se avizinha no horizonte, é tempo de dizer um adeus ao Verão...

Venha o silêncio, venha a calmaria...


terça-feira, 30 de agosto de 2016

MILHEIRAL 2016 - 03 e 04 de Setembro de 2016

Para os eventuais interessados, aqui se divulga o programa e flyers relativos a um dos grandes eventos culturais da aldeia, que já se avizinha no horizonte próximo!

É já no próximo fim-de-semana!


FESTA NO MILHEIRAL

Noite de Sábado e todo o dia de Domingo.






VENHA FAZER A FESTA PARTICIPE NESTE MEGA PIQUENIQUE!


E PORQUE NÃO O CARRO DO CÂNTARO?

A rainha das romarias findou-se, já lá vão uns dias, pensará o leitor(a) e está certo, tão certo como a água que corre no rio e vai desaguar ao mar; mas, na memória do autor do blogue ficam os dias de festa, de uma festa, ou melhor ainda, de uma das melhores edições da Romaria d´Agonia, das que o autor do blogue já assistiu! E foram só três pequenos dias...

Uma moldura humana tremenda durante três "pequenos dias", tão pequenos mas tão pequenos, que festividade assim mereceria no mínimo uma semana de "sete pequenos dias", dias esses que mesmo assim, pois, seriam certamente, pequenos; cerca de um milhão e setecentas mil pessoas passaram e passearam-se pelas ruas e ruelas da Princesa do Lima, um colorido inigualável, o traje à Vianesa, a tremenda beleza da mulher alto-minhota, um frenesim tremendo de sons e de odores, onde Reis e Rainhas desta edição foram os Gigantones e cabeçudos, rodopiando de forma caricata ao som do troar dos bombos tocados pelas mãos dos elementos dos grupos de Zés p´reiras!






O desfile de mordomia, o traje à vianesa, as bandas de música, os bombos, as procissões e demais actos de fé, a ribeira em festa, os tapetes coloridos de sal, as iluminações nocturnas, a serenata uma ode ao amor, o beijo do gigantone, as feiras francas e número maior o cortejo histórico e etnográfico, este ano sob um tema vastíssimo para ser explorado, Gigantones e cabeçudos!

E aqui um solene sentimento de tristeza, por entre tantos e tantos carros alegóricos, alusivos às mais variadas freguesias do concelho, em tão monumental desfile, não participar o carro do cântaro representando esta tão nobre e riquíssima, em costumes e tradições, aldeia de Lanheses!

Porque não o carro do cântaro? 
Porque teimar em não representar com orgulho, brio e profundo bairrismo, a génese, tradições usos e costumes ancestrais de uma das mais e ainda mais ruralizadas aldeias do concelho, perante o olhar sôfrego de centenas de milhar de pessoas que todos os anos e edições assistem a este número grandioso, espalhadas pelas avenidas de Viana do Castelo?

E onde desfilam os rostos das belíssimas mulheres de Lanheses, nesta majestosa passadeira de verdadeira mostra cultural? Pelo que o autor do blogue pôde presenciar, com o seu olhar, desfilaram distribuídas pelos quadros referentes à vizinha freguesia de Vila Mou, que uma vez mais e muito bem, afirma peremptoriamente o autor do blogue, se fez representar com o de mais e melhor que caracteriza a sua matriz cultural.

Estes belos rostos seriam dignos, envergando o não menos belo traje de terras de Lanheses (não menosprezando a citada anteriormente e vizinha freguesia), seriam dignos como se escrevia, de desfilarem em tão afamada e imponente passadeira, representando a sua terra natal, a freguesia de onde orgulhosamente são oriundos, Lanheses! Secundando ou antecipando um dos sempre e mais aclamados carros alegóricos de tão alegórico cortejo, o carro do CÂNTARO de LANHESES!

E onde estão os muitos fatos de trajar, espólio do afamado Grupo Folclórico da Casa do Povo de Lanheses, que poderiam ser envergados, através de responsável empréstimo, por sete, (SETE) belíssimas lanhesenses de gema, dos "quatro custados" como se afirma na gíria, que com orgulho desejavam desfilar pela passadeira vianense e disso se viram impossibilitadas por não terem o que envergar?

Algumas perguntas ficarão sem resposta, normal, ou não, não compete a quem escreve julgar, mesmo tendo a sua opinião. Outras exclamações, necessitarão para próximas edições, nesta mostra cultural, de atitude enérgica e responsável, para que de uma vez por todas orgulhosamente se grite, enquanto se desfilam os usos e costumes ancestrais desta aldeia por tão afamadas avenidas:

- ESTAMOS AQUI! SOMOS, E ISTO É, LANHESES! 


Belíssimas!


E NEM UMA "CARREIRA(DA)" em Ponte de Lima, cuja edilidade desde sempre lidou muito mal com o sucesso das festas maiores do distrito, a romaria das romarias (lamentável e grosseira a atitude em noite de Domingo), afastou vianenses e forasteiros da sua sempre e bela Princesa do Lima e das festas em honra da sua padroeira. Senhora d´Agonia!

O carro do cântaro, voltará a desfilar pelas avenidas de Viana do Castelo, em breve...

- ISTO É LANHESES!


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

É TEMPO DE VOLTAR ÀS PALAVRAS!

Eis o regresso à escrita! 

Eis aqui o regresso a casa, às paredes caiadas de conforto e de ternura, onde reina a calma, neste reino que é seu, e onde o autor do blogue, reinando, vai passando os seus dias perdido entre amor, escrita e muita viagem virtual, que num futuro próximo ou longínquo, se virá a tornar realidade! E o autor do blogue viaja muito...

Ficam na memória os doces dias passados na não menos doce Grécia, quase, quase a terceira moradia deste autor; sorte daqueles que possam ter moradias por esse mundo espalhadas(!) e, se a primeira, bem conhecida de todos, na bela Lanheses que este autor leva sempre no coração, vá para onde vá, a segunda e terceira não lhe são menos importantes, Barcelona, conforto do abraço terno de uma irmã e a Grécia, as ilhas, pelas quais este mesmo autor se perdeu de amores, terra bafejada pela fortuna natural, acompanhado (sempre) pelo seu amor físico e espiritual, a companheira desta vida, entre dias de sol, calor, beijos em lábios carnudos, bronzeada e despida pele, tão bela que ela é(!), dois corpos emersos em cálidas e cristalinas águas de um azul turquesa tão belo e tão belo, sortes pelas quais humano ser não tem como não se apaixonar!

Grécia! Já lhe sente uma saudade incrível, dolorosa, por ali, largos meses, não poder voltar...


















Ficam algumas imagens guardadas em sonhos e lembranças, uma lágrima pelo rosto corre por ali sofregamente desejar voltar mais rápido que o rápido que possa vir a sê-lo; é tempo de voltar à escrita, é tempo de divagar como os ventos divagam pelos ares, pelo universo das palavras!


O blogue e o seu autor estão de volta, e claro também, é salutar deveras...

Voltar a casa!!!