terça-feira, 31 de dezembro de 2013

FELIZ 2014!

Caríssimos!
 
Hora da despedida! Hora da despedida a 2013! Hora de o SSVSA se auto analisar e de a todos desejar um bom ano novo, que se adivinha difícil, tão ou mais que este que finda e por isso até fica a pergunta no ar - Talvez para quê, festejar?
 
O ano que finda foi o ano de todas as afirmações para o SSVSA, foi o ano em que o blogue conquistou um maior leque de seguidores, quer oficial quer anonimamente, a quem desde já o seu autor aproveita para com carinho, efusivamente cumprimentar!
 
Este foi o ano dos poemas, da prosa, das amizades semeadas e durante todo o ano cultivadas de forma crescente, foi o ano em que o autor do blogue, sem citar nomes, tal não será necessário, almejou bons e fraternos amigos, foi o ano da participação massiva de grande parte dos habitantes da aldeia nos passeios temático turísticos organizados pelo SSVSA! Três foram eles e em todos o autocarro se encheu e pensa, o autor desta página, que a todos ou quase todos agradou! Foi o ano em que a virtualidade do blogue se transformou em realidade física e foram muitos de vós os que privaram pessoalmente com quem agora escreve estas linhas preenchidas de letras, em aventuras por este Portugal belo e profundo. Em suma, olhando para trás, um ano fantástico para o blogue e seu autor!
 
A nível pessoal, um ano de muitas realizações, de muita felicidade, mas, e existe sempre um mas, um final de ano como diria "her majesty the Queen of England"- Um final de ano horribilis, principal e somente pelo último trimestre, bafejado pela terrível doença que acometeu, como a grande maioria de todos vós saberão, o pai do autor do blogue, com quem mantém estreita relação de pai para filho, assim como de filho para pai!
 
O ano que se avizinha não será de todo fácil para o autor deste blogue a nível pessoal e algumas lutas diárias terão de ser travadas, o que se transmitirá por acréscimo no blogue, como será óbvio! Mas o autor do blogue, apesar de por vezes bastante abatido, não baixará os braços e não se deixará vencer pelas adversidades!!! Tal como o marinheiro no mar que se agarra ao leme com unhas e dentes, conduzindo o seu barco em plena tempestade, o autor do blogue o mesmo fará nas falácias que a vida lhe apresentar e no final, poderão ter a certeza, ainda haverá espaço para um sorriso tranquilo...
 
Alguns dos projectos que estavam já traçados para este ano a nível do blogue estão para já suspensos, e pensa o seu autor, venha a ser por todos compreendido. Não estão no entanto eliminados, em breve o autor do blogue dará conta dessas e doutras matérias em tópico apropriado aqui no blogue!
 
Resta a todos quantos seguem este blogue desejar um voto de muito bom ano novo, acima de tudo repleto de muito trabalho e muita, muita, saúde; um ano repleto de desejos pessoais realizados e que o melhor de 2013 venha a ser o pior de 2014!
 
Voltando à pergunta inicial formulada neste tópico - Talvez para quê, festejar? Talvez valha, mesmo com a entrada de uma ano novo que se adivinha muito difícil, mesmo sabendo que estaremos mais velhos, mesmo sabendo que as tormentas a enfrentar serão muitas, valerá sempre a pena festejar porque acima de tudo e tão simplesmente...estamos vivos...
 
 
A todos sem excepção e em especial a todos aqueles que de muito perto têm acompanhado esta aventura chamada SOMETHING SPECIAL DO VALE DA SERRA D´ARGA:
 
 
 
FELIZ 2014!
 

 
 
O autor do blogue
 
Sérgio Moreira
 
 

ESTE CIPRESTE.

Vitima do temporal
tombado, restando no chão,
sucumbindo a grande vendaval
não aguentando a grande monção,
retalhado é o que vai ser,
toros, de beleza agreste,
para lume fazer arder
é para o que servirá este cipreste...
 
Plante-se outro então
substitua-se este que jaz
prostrado na veiga, no chão,
e a quem o olhe enfim, traga paz!
 

 
 


 
 
 
 
 
(do autor Sérgio Moreira)
 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

PERSONALIDADE DO ANO - O CIDADÃO PORTUGUÊS!

Em final de mais um ano e quando um pouco por toda a parte, desde, nas ruas, nos cafés, nos locais de trabalho e fundamentalmente nas redes sociais abundam os votos de felicidades para o ano que aí vem, o autor do blogue decidiu incluir nesta pré-despedida a 2013 uma análise e uma homenagem àquela que para si é a personalidade do ano! Trata-se de um inédito aqui no blogue, mas que se justifica plenamente! Ora vejamos...
 
Normalmente a classificação de personalidade do ano, votada pelas mais prestigiadas publicações e órgãos de comunicação social, costuma ser atribuída a alguém que se destacou das demais personalidades, pelo dinamismo, obra e actos realizados, em condições normais, sempre em prol da sociedade na qual se insere ou em demanda de estudos de grande minúcia que beneficiem o ser humano, ou então por grandeza de carácter e nobreza de atitudes! O autor do blogue prefere quedar-se por esta última, e apesar deste espaço virtual ser uma gotinha de água no oceano que é a blogosfera e este país, terá todo o direito em eleger aquela que para si é a personalidade do ano de 2013! Poucos serão aqueles que verão e lerão este tópico, no entanto aqui fica eleita a personalidade do ano pelo SSVSA.
 
O português! O cidadão português!
 
O cidadão português que paga os seus impostos e vive tranquilamente uma vida honesta, quando a mesma vida em redor de si nada de honesto tem, muito pelo contrário, roça a mais desumana das honestidades, este ser merece só por isso, ser classificado como a personalidade do ano!
 
Existem vários cidadãos portugueses que merecem ser elogiados e acarinhados como personalidade do ano!
 
O cidadão português pensionista, quase considerado, pelo bando de rufias que gere a nação, como um criminoso, que em fim de vida se vê desrespeitado nos mais elementares direitos que a Constituição Portuguesa lhe cede em troca de uma honesta vida de contribuições para o fomento da riqueza do país e que nunca como agora se vê por todas as frentes atacado e condenado a pagar algo para o qual não contribuiu; merece acima de tudo ser apelidado de personalidade do ano o cidadão português, trabalhador, que vive honestamente à custa do seu trabalho e com os seus descontos (elevadíssimos) contribui para que este barco (Portugal) ainda não se tivesse afundado de vez e ao mesmo tempo paga aquilo que meia dúzia de burgueses ousaram a todos extorquir sem que justiça sobre as suas cabeças mal pensantes caia, sabendo eles de antemão que a mesma jamais cairia! O cidadão português trabalhador, merece mais que nunca este epíteto, pois nunca como agora o trabalhador foi tão atacado e nunca como agora os mais elementares direitos advindos do trabalho foram como agora o são tão vilependidados. Nunca como agora a palavra trabalho e a classe trabalhadora foram tão injuriados e atacados pelo poder reinante com um criminoso e total sentido de impunidade! Nunca o respeito pela palavra trabalho e pelo trabalhador, foi tão execrávelmente perdido e abandonado como nos dias de hoje! Por tudo isto, acha e tem a certeza o autor do blogue, que o cidadão português, trabalhador, merece mais que nunca o epíteto de personalidade do ano!
 
Ao mesmo tempo o autor do blogue não esquece todos os cidadãos jovens e menos jovens, que estão no desemprego e os muitos que se viram obrigados a virar costas ao seu país porque o governo do mesmo, não o país, não encontra meios que não sejam sempre os mesmos de lhes proporcionar uma vida digna de trabalho e de saúde! Também esses merecem o epíteto de personalidade do ano!
 
Por todas as dificuldades pelas quais está a passar, pagando com sangue, suor, desespero e lágrimas o que muitos roubaram e delapidaram, o autor do blogue retira aqui o seu chapéu, em solene gesto de homenagem e respeitoso cumprimento para quem lhe merece, nobre epíteto, o cidadão português, mais que nunca, personalidade do ano!
 
Um abraço respeitoso a cada um de vós, honestos cidadãos e trabalhadores portugueses!
 
 

UM ADEUS AO PÔR-DO-SOL EM 2013.

Estas fotografias que abaixo se postam são relativas a um dos mais magníficos pôr-do-sol que o autor do blogue contemplou em Lanheses, quando só, munido da sua Fuji, se deteve longos minutos pelos terrenos da veiga e na margem direita do Lima retratando, apreciando e gozando, todo o espectáculo que a mãe natureza pode a humanos olhos oferecer. E não imagina o leitor, a acalmia que se sentia em particular nesses momentos, quando som o do silêncio somente era cortado pela sonoridade típica de um ou de mais veículos em marcha, atravessando a ponte sobre o rio Lima. Como tudo na natureza pode ser calmo e insonoro, contrapondo com o facto de que ao mesmo tempo poderá ser esta também extremamente ruidosa, no entanto, o silêncio foi presença marcante neste fenómeno ocorrido e pelo autor desta página assistido. As fotografias foram sacadas há já algum tempo, mais precisamente a 28 de Novembro, mas deixadas a "marinar" em arquivo com o propósito que este tópico fosse criado no final do ano numa espécie de despedida a 2013 retratando aquela pela qual este blogue foi criado, Lanheses.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Oxalá em 2014, muitos fenómenos como este venham a ser retratados!
 
 

domingo, 29 de dezembro de 2013

VOLUPTUOSA TÁGIDE! (Poema erótico).

As tágides provocam em mim
um desejo delicioso
me fazem estremecer assim
num desejo belicoso!

A tágide mor me encanta
me faz vibrar em fervor
com a sua língua me levanta
o falo com extremo ardor!

Essa tágide é voluptuosa
sensual e divina,
uma mente pecaminosa
um pecado que incrimina!

Quem incriminado está
em tão ardentes normas
com ela pecando aqui e acolá,
perdido em suas luxuriantes formas!

Essa tágide me envolve
num pecaminoso desejo carnal
essa tágide me revolve
em pecado original!

Lábios carnudos de luxúria
corpo que transpira gula
lábios que me provam com divina fúria
e os poros fazem arrepiar até à medula!

São os chamados pecados capitais!
Pecados que sabem bem!
Pecados dos genitais
e dos fluídos que a tágide tem!

Tágide minha que me domina
possui-me faz-me teu
tágide minha, minha carnal sina,
leva-me de novo, pecando ao céu!

Este é o poema erótico...
Talvez nunca mais aqui se repita!
Este é o poema exótico...
luxúria provada, em forma de escrita!

Sem a alguém querer, ofender ou ferir,
sem tão pouco alguém aqui retratar,
apenas a voluptuosa tágide, ardentemente querer possuir,
apenas essa tágide sensualmente escravizar...

(Este poema erótico um dia tinha de o redigir...)


(do autor Sérgio Moreira)

sábado, 28 de dezembro de 2013

LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA!

Estando a preparar um post sobre o Parque Empresarial de Lanheses, postado aqui no blogue há já algum tempo, o autor do mesmo, olhando em redor a paisagem que a vista alcança do "Alto das Ôlas", uma imagem não lhe passou incólume ao olhar, mesmo a olhar não crente! A imagem da torre sineira pertença à Igreja Paroquial de Lanheses sobranceira na paisagem, que daquele local se avista perfeitamente ao longe, mesmo que em tamanho diminuto, qual soldado enfiado na sua guarita velando pela aldeia!  Mas para solucionar esse problema é que o ser humano inventou as máquinas fotográficas bridge de longo alcance!
 
 
 
 
 
Um pouco mais de zoom manual e prontinha, já se vê mais em pormenor!
 
 
Curioso Lanheses ser uma das aldeias do concelho e distrito de Viana do Castelo onde em melhor local a Igreja Paroquial que serve a comunidade cristã, se implantou, sendo esta possível de ser observada de vários pontos geográficos da já citada aldeia.
 
Em muitas outras aldeias, vilas ou cidades até, por onde o autor do blogue vai passando nas suas intermináveis viagens, beneficiando apesar de tudo, de localização central e privilegiada, poucos oragos se construíram em local tão, chamemos assim, vistoso, como este aqui erigido em Lanheses
 
Vendo com olhos de ver, aquilo que Lanheses ao olhar tem para oferecer...
 
 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

NAQUELE CASARÃO.

Uma longa avenida
vida não esquecida
uma longa lembrança
firmando aliança
passos, rumos, romaria
numa imagem calmaria,
linha recta desenhada
muita história ali foi contada
de encontro a tanta altivez
quem histórias mil, naquele casarão em tempos fez!
 

 
(do autor Sérgio Moreira)


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Natal na Meadela.

Viajando nas asas da lembrança
lembranças de uma passada, vida bela,
quando nesta época uma criança
sorria ao ver a Igreja da Meadela
 
Enfeitada e com mil luzes iluminada
mais a Sagrada Família exposta no adro
orgulhosa, altiva, tão engalanada,
que belo era então esse quadro.
 
Um retorno às origens lembrado
uma memória tão terna, tão doce,
há muitos anos um menino maravilhado
homem que deseja, menino de novo fosse!
 
Imagem simples, bela, singela,
assim era o Natal na Meadela...

 
(do autor Sérgio Moreira)


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Dia 25 de Dezembro.

Não resistindo a voltar a escrever no blogue contrariando aquilo que anteriormente aqui escrito tinha sido, dia de Natal, chuva e frio no exterior, calor no interior, quer de casa, quer no espírito; nada como publicar um vídeo alusivo à quadra que se vive, em companhia da família e no intimo do interior do lar, ao som de fenomenais vozes masculinas, uma delas infelizmente, já desaparecida do mundo dos vivos!

"Feliz Navidad" - The Three Tenors
 
 
Cai a noite sobre Lanheses e é dia de Natal...é tempo de restarmos pelo lar!
 
 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL - SÃO OS VOTOS DO SSVSA!

O autor do blogue vai descansar um dia! Vai deixar um pouco em descanso o blogue, não escrevendo nada no mesmo, nem amanhã dia 24, nem depois dia 25. Entrará em gozo da quadra natalícia, mesmo que tal quadra pouco lhe diga, apenas lhe transmita a tremenda satisfação em passar horas e horas de puro prazer e animação na companhia do bem mais importante que possuiu na vida, a sua família.
 
No entanto, passeando-se pelo Largo da Feira, abstraído em pensamentos relativos quer à triste condição humana, inundada um pouco pela tristeza que sente, e talvez, perfeitamente natural, contrastando com os muitos outros que nestas horas sentem plena felicidade, é natal; o olhar move-se suave e vagaroso percorrendo o original presépio realizado com materiais recicláveis e colocado em pleno largo desta terna aldeia, e só por isso lhe chegam à lembrança todos aqueles que têm de um modo ou de outro, feito parte da vida deste que aqui escreve estas linhas!
 
São muitos aqueles que preenchem um lugar muito especial no modo de sentir do autor do blogue, uns pela proximidade familiar, outros por pura amizade, respeito e admiração, todos levando no coração e agradecendo a forma calorosa e terna com que têm tratado quem gere este espaço virtual! O autor do blogue não é homem de esquecimentos, nem esquecido está, e por isso mesmo, antes da intima ceia de natal, gostava de vos endereçar e deixar a todos (sem citar nomes) aqui redigido, um voto de uma ceia muito feliz e terna, na companhia daqueles que vocês tanto amam e que do mesmo modo tanto vos amam a vós, a vossa família e amigos próximos.
 
Acima de tudo o autor do blogue se pudesse comprar, compraria um avião que pulverizasse o ar com muita saúde, custasse o que custasse, era mesmo isso que o faria! Compraria o tal avião, levantaria voo em direcção aos céus e depois, lá no alto, abrir-lhe-ia os porões e descarregaria doses maciças de muita saúde sobre todos vós, pois com saúde tudo se faz, com muita saúde tudo se alcança, com muita saúde está reunida a mais elementar das condições para que se prove do amor e da paz e os mesmos se alcancem!

A todos vós seguidores do blogue, amigos, leitores, todos aqueles que têm acompanhado de perto esta aventura virtual e todos os que estão fora da sua terra natal a quem o autor do blogue dedica em especial as fotografias que se postam abaixo:
  

  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FELIZ NATAL!
 
SÃO OS VOTOS DO SSVSA E DO SEU AUTOR, PRINCIPALMENTE COM MUITO AMOR E COM MUITA PAZ À MISTURA, E ACIMA DE TUDO COM MUITA, MAS MESMO MUITA, SAÚDE!
 
Façam por ser felizes...
 
Pelo SSVSA
 
Sérgio Moreira.
 
  

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

UMA HISTÓRIA DE NATAL!

Esta poderia ser a história de cada um de vós, esta poderia ser a sua história, leitor, esta poderia ser a história de tanta gente diferente e ao mesmíssimo tempo idêntica; talvez tenha sido a história de muitos de vós, talvez tenha sido a história de alguém, de uma forma ou de outra ocorrida, mas uma história foi, que aconteceu pelo natal e se repetiu por muitos natais!
 
A noite caía a passos largos, aqueles passos de gigante que se dão no céu quando este de azul celeste passa a negro breu! Bandos de cumulus nimbus atravessavam o mesmo, empurrados pelo bramir de ventos ofegantes, quer em força quer em nós, ventos daqueles que anunciam tempestade próxima por cima das nossas cabeças!
 
É véspera de natal!

Eram cinco e trinta da tarde, a iluminação pública ligou-se e antes mesmo deste acontecimento normalíssimo dos tempos modernos e que todos ignoramos com vil desprezo e áspera rudeza, já o autor do blogue do seu modo um tanto ou quanto especial, talvez com alguns laivos de loucura à mistura (que bom ser louco) na solidão da paisagem, apenas acompanhado pelos seus peludos e pelos vendavais vindos de sul, carregando grossas e negras nuvens, desejava a todas as árvores da veiga, a todos os pássaros da veiga, um - Feliz Natal.
 
Não!
Não foi vociferado aos quatro cantos do mundo! Nem tal é necessário! Foi apenas sentido em silêncio, com extrema atenção no olhar poisado em cada árvore, poisado neste e naquele melro, gaio ou gralha que se atreveram a voar céleres roçando a negra farda do autor do blogue, que mesmo ali, lhes endereçou o voto referente à quadra que se está a viver e num sem fim de emoções misturadas entre olhares e pensamentos, rodando o corpo sobre si acabando por deter-se o olhar, nas furiosas águas do Lima, lhe mereceu este, a tremenda consideração em ser felicitado pelo autor do blogue com as mesmas palavras com que felicitou os primeiros!
 
Ali se deteve longos minutos, abanado pelos ventos que corriam com extremo fulgor e o pensamento voou pelos anos e anos e se deteve numa casa feita de grossas paredes de granito da região, numa noite muito especial, mesmo para quem hoje não a ache especial de todo, no centro de uma aldeia, que hoje em dia já nem aldeia é, e lá no seu interior, uma voz grossa, voz de homem, se ouviu, arrastando-se esta agora trinta e três anos depois, pelos negros e modernos pastos da veiga...
 
- Siga, vamos lá, está na hora de rezarmos ao preto!
 
O preto era o Rei Mago Baltasar, figura em destaque, sem menosprezar a Sagrada Família, no presépio que se fazia nessa casa feita de grossas paredes de granito da região, a cada natal que chegava no calendário anual, em que um pai, com carinho e com a preciosa ajuda de dois não menos preciosos filhos, montava o pinheirinho e após a montagem o engalanava com fitas e fitinhas, bolas e bolinhas, luzes e mais luzinhas, para no seu topo colocar a figura do gorducho bonacheirão de vermelho vestido, a figura do Pai Natal. Ali ficava sorrindo, com aquele sorriso somente permitido a tal figura bonacheirona, durante mais de uma quinzena de dias, um sorriso lindo, um sorriso repleto de paz! Um sorriso que cativava os precisos ajudantes.
 
- Pai queres esta bola?
- Não, agora dá-me aquela fita.
- Pai queres esta série de luzes?
- Pode ser, passa aí que ponho já aqui no pinheiro!
 
E assim se ia compondo a composição do pinheiro de Natal. Terminado este, era a vez do presépio e depois do pai ir ao sótão buscar a caixa onde guardava mil mágicas figuras feitas de barro; como será possível numa pequena caixa guardar ao mesmo tempo um moinho, o burro e o moleiro, assim como uma inteira banda de música (?), somente a magia do Natal permite tal acontecimento! Depois dos dois filhos, os tais preciosos ajudantes, não se esqueça o leitor deste facto de suma importância, disporem todas aquelas figurinhas mágicas na mesa de apoio na sala de jantar e depois também de montes, pedras, rio, musgo, muito serrim e a cabaninha estarem dispostos e dispersos pela base de apoio ao presépio realizada em pasta de papel kraft, era tempo da nobre e hercúlea tarefa dos ajudantes preciosos, os dois filhos deste carinhoso pai, passarem ambos entre mãos os mágicos bonecos para que os mesmos viessem a compor o presépio que todos os anos naquela casa de grossas paredes de granito da região, este pai lhes fazia!
 
 
 
 
- Passa-me agora a ponte.
- Toma pai.
- Agora as ovelhas e o pastor.
- Toma pai.
- Agora os Reis Magos.
- Toma...
- Menino Jesus, São José e a Maria. Ahhh...e a manjedoura!
- Lá vão.
- O burro e a vaca.
- Passa o Castelo.
- Aqui está.
- O moinho, o moleiro e o burro.
- O anjo.
- Ó pai, está pronto?
- Não, falta o barqueiro...
- Ahhh o barqueiro...
 
Eram assim as doces vésperas de natal naquela humilde casa feita de grossas paredes de granito da região, onde filhos e pai, partilhavam amor e ternura, aprendendo e ao mesmo tempo brincando aos presépios!
 
Na mágica noite da consoada e depois das barrigas bem cheias de suculento bacalhau cozido acompanhado por não menos suculentas e enormes batatas cozidas cortadas ao meio, regadas com azeite e acompanhadas por vinho para os adultos e sumos ou água para os preciosos ajudantes, os dois filhos do casal, assim como para o primo mais velho, que era como um irmão, ainda hoje em tempos modernos o continua a ser, acarinhado com a carinhosa alcunha de o "Primo Belho", chegava então a repetida hora, repetida porque o autor do blogue já a referiu anteriormente, de rezar ao preto!
 
Enquanto isso as mulheres da família com a desculpa de que iam lavar a loiça e preparar a mesa para a sobremesa, iam num ápice à casa da irmã mais velha, recolhiam as prendas e entravam com elas dentro de casa sem que os dois preciosos ajudantes dessem por ela tal a compenetração com que se detinham rezando ao preto! Enquanto a inocência da idade ajudou, os dois preciosos ajudantes nunca se aperceberam que estes acontecimentos ocorriam sempre próximo da meia-noite, hora mágica em que o Menino Jesus, acompanhado do Pai Natal, desciam pela chaminé e na grossa laje granítica da cozinha tipicamente minhota, depositavam as prendas no sapatinho de cada um dos preciosos ajudantes, ou junto dos mesmos, pois o tamanho de certos presentes impossibilitava que os mesmos coubessem em tão pequeno sapato!
 
Era meia-noite, os preciosos ajudantes nem disso se apercebiam, as mulheres juntavam-se também à restante família para rezarem ao preto, como jocosamente afirmava o tio dos preciosos ajudantes e num súbito alguém fazia soar no velho soalho de tosca madeira daquela terna e doce moradia de grossas paredes de granito da região...
 
TOC TOC TOC TOC
 
- Alto, ouvi barulho! Afirmava o brincalhão tio.
- Eu também ouvi! Afirmava o "Primo Belho", que naquela época ainda era um jovem.
- Já chegaram, é o menino Jesus. Afirmava sempre uma das mulheres.
 
Num ápice se trocava a beleza do presépio pela correria desenfreada em direcção à cozinha onde a velha porta de madeira escondia fabuloso tesouro...
 
- Ena tantas prendas! Afirmavam os preciosos ajudantes.
 
E então ali era o delírio da criançada, abrindo freneticamente os seus presentes! Uma chuva de alegria inundava familiares rostos e o precioso ajudante mais velho, por muitas vezes, ainda teve a inocente audácia de abrir a contra da janela e espreitar o céu, na ânsia de ver a ir embora com presentes para todos os outros meninos do mundo, o trenó, as renas, o Menino Jesus mais o Pai Natal, percorrendo o céu nocturno!

Com tristeza sentida nunca os viu!
 
Com infinita tristeza veio um dia a descobrir que nunca existiram, tinha sido enganado, embora perdoando mais tarde quem enganado o tinha, precisamente o seu carinhoso pai e a sua terna mãe, que souberam incutir e transmitir a estes dois preciosos ajudantes uma "meninice" terna e linda! O verdadeiro espírito de natal!
 
A noite já ia alta quando o autor do blogue despertou deste sonhar acordado em plena Avenida Rio Lima e o ronronar de um automóvel em lenta marcha o fez despertar para a triste realidade dos dias de hoje...
 
O jovem e carinhoso pai está mais velho e doente, a terna mãe está cansada pela luta que tem encetado pela vida do carinhoso pai, o tio engraçado e que gostava de rezar ao preto, está doente e há muito tempo colado a uma cama, a tia, esposa deste tio brincalhão, cansada está, também pelas provações que a vida lhe proporcionou nos últimos anos, o "Primo Belho" casou, sendo ele pai de dois rapagões e tem a cabeça coberta de um branco manto de neve, feito de cabelos, e os dois preciosos ajudantes, seguiram as suas vidas...um, o rapaz, habita a bela e terna (para sempre) Lanheses, o outro, a rapariga, faz vida no estrangeiro e vem sempre quando o trabalho o permite, para junto dos seus pais e do seu irmão...
 
O Natal era tão belo! O Natal é tão belo quando associado à inocência e fundamentalmente quando temos um carinhoso pai que nos mostre ternamente como belo e terno é o Natal!
 
O autor do blogue deixou a veiga entregue a si mesma e seguiu sentido ao iluminado Largo da Feira! Amanhã é Natal e o autor do blogue gostava de voltar a ser o precioso ajudante uma só vez mais que fosse...
 
Sabe-o, tristemente, não o será mais!
 
 
Esta história o autor do blogue, dedica-a a ti Leonel, a ti Mia, a ti Fátima, a ti Rui, a ti Manuel e a ti Teresa...
 
 

sábado, 21 de dezembro de 2013

SOLSTÍCIO DE INVERNO.

Ponto de viragem, o dia de hoje marca a mudança de estação do ano, e na sua viagem em torno do Sol, o planeta Terra inicia a aproximação ao Astro-rei, se é que assim se pode afirmar, motivado pelo seu movimento de translação, ou seja, em torno de si mesma. Para quem como todos nós habita o hemisfério norte e se congratula com este acontecimento tal como o autor do blogue se congratula, é sinónimo que de hoje em diante até 21 de Junho  em virtude da inclinação da Terra, os dias serão cada vez maiores em detrimento das noites, por sua vez cada vez menores.
 
Às 17.11h ocorrerá este fenómeno astronómico e os dias começarão a crescer...
 
 
 
 
 
Venham então dias de motivação, venham então dias de optimismo!
 
 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

ÚLTIMO DIA DE OUTONO.

Último dia de Outono
a terra se prepara para um longo sono
muita da vida em breve adormecerá
daqui a três meses muita da vida despertará!
 
Daqui a três meses virá alegria
dias maiores, dias quentes,
da terra brotarão novas sementes
belas flores, Primavera, pura magia...
 
Enfrentemos então o inferno
dias curtos e chuvosos
preparemos a chegada do Inverno
dos tempos, de muitos dias nebulosos...
 
Passe rápido e veloz
a neve o frio, na alma, sentimento atroz!
 



(do autor Sérgio Moreira)


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

BAILE SÉNIOR DE NATAL.

Já se imaginou dançando num baile usando pantufas e nem tão pouco se preocupar com os cuidados na aparência, ou seja, para elas lábios bem pintados e maquilhagem bem retocada, para eles, barba cortada e fato a rigor!?!
 
Pois é caro leitor, quando o ser humano colecciona muitos anos de vida vai ganhando certos privilégios que aos mais novos ainda são vedados e só o grandioso peso da idade permitirá transpor certas barreiras(...)não é precisa uma grande mini saia ou até um fato de bom corte, é precisa jovialidade de carácter e deixar  a vida fluir...
 
Foi o que se assistiu ontem no recinto desportivo da Casa do Povo de Lanheses que cedeu o espaço à Junta de Freguesia de Lanheses, entidade que organizou este ano o baile sénior de Natal inserido no âmbito do programa "Envelhecer com saúde" da responsabilidade da Câmara Municipal de Viana do Castelo para todos os idosos do concelho.
 
Muita pantufa junta no recinto onde mais de trezentas pessoas deram largas a um pezinho de dança, ao som de música tocada por DJ contratado. Muita alegria e muito calor se viveu e sentiu naquele espaço, pelo menos nos breves minutos que o autor do blogue pôde dispensar para tal actividade. E que bom é vê-los uns mais lentamente, outros mais rapidamente e aqueles cujo esqueleto já não permite certas veleidades, sentados nas cadeiras disponíveis, gozando, rindo e divertindo-se nesta baile de Natal!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lanheses
 
 
Clima frio e chuvoso no exterior do recinto contrastando com o calor que se vivia no interior do mesmo.
 
 
 
Excelente iniciativa esta, dando muito a quem já muito durante longos anos muito deu de si ao concelho! Estes jovens entradotes na idade bem o merecem!
 
Aqui ficam algumas palavras do autor do blogue dedicadas a eles...
 
 
Longos anos passados
filhos, netos criados,
muito demos de nós
para que agora fiquemos sós!
 
Se bem pensado
o merecemos,
foi pelo trabalho de uma vida realizado
por tudo aquilo que fizemos!
 
É  a nossa vez de lentamente saltar
é a nossa vez de carinhosamente sorrir
em pantufas ou em chinelos, dançar,
levar o resto da vida a rir!
 
Rugas do tempo em rosto amoroso
saudável assim é ser idoso...
 
(do autor Sérgio Moreira)
 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

ÚLTIMAS FOLHAS.

Caiem as últimas folhas
olhos vêem, sentimento terno,
frio, que na alma acolhas
não tarda nada será Inverno,
as árvores denudam-se
ficando despedidas
os pássaros ao frio fugindo, mudam-se,
as árvores ficando adormecidas
enfrentam o Inverno
e seus clamores!
 
A vida abranda, adormecida,
embalada pelos rigores
do Inverno desta vida
que sorrisos espanta,
espantando amores...
 
É o Inverno, branco que encanta,
frio que provoca tantos tremores!

 
(do autor Sérgio Moreira)


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Arde em frio Outono a Senhora do Minho! 2ª (infelizmente) parte!

Se o autor do blogue achou deveras estranho a ocorrência do enorme clarão que emanava da serra enquanto deflagrava uma grandiosa frente de incêndio dias passados atrás, a esta hora, neste preciso momento em que estas linhas são escritas, o autor do blogue tem a certeza, depois de com os seus olhos ver os clarões azulados, que reluzem à distância na negridão quer da serra quer da noite, das lâmpadas dos veículos de carros de bombeiros que sobem a já referida, para combaterem mais um estranhíssimo incêndio em pleno e frio Outono, que estes fogos não representam qualquer queimada intencional, são obra de mentes doentes e criminalmente mal intencionadas! A estranheza e dúvida a certeza passou!
 
Arde, pela segunda vez em Dezembro, a Senhora do Minho, aliás para ser mais preciso, o autor do blogue tem de referir que a frente de incêndio se localiza em plena área do santuário em honra de Santa Justa do Monte, ligeiramente abaixo do topo da serra onde se localiza o santuário da Senhora da Minho.
 
 
 
Tremendo e infeliz postal de boas festas...
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

PORTO DE ABRIGO!

Barco bem mareado
tem de atracar nos portos do mundo
para em segurança se manter apeado
nem que a paragem durante um simples segundo!
 
Pois barco que navega sem rumo
sem porto que o acolha
sem manter uma rota, um prumo,
é barco que faz como a solha...
 
Ao fundo vai mergulhar
escondendo-se na areia
para nunca mais voltar
a navegar, maré vaza ou maré cheia!
 
Que adianta navegar?
Se não temos um porto de abrigo
que por vezes pode ser difícil de alcançar
mas mais cedo ou mais tarde nos acolhe do perigo!
 
Na hora das verdades
o marinheiro dorido,
e o barco, enfrentando tempestades,
só anseiam atracar, no seu porto de abrigo!
 
Talvez esse porto seja uma ilusão
talvez o marinheiro se engane então!
O porto que é porto deixou de ser abrigo
é o porto da ilusão, marinheiro ferido!
 
O marinheiro lá no fundo acha que não
o marinheiro sabe, não se engana,
por esse porto tem tremenda paixão
e foi nesse porto que decidiu construir a sua choupana!
 
Talvez por ali se deixe deter
naquele porto até um dia, velho morrer...




 
(do autor Sérgio Moreira, dedicado à mais especial das pessoas)