quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

DIÓSPIRO MADURO - SONETO

Que merda de ano este

Este, que viveste, 

A doença de novo voltou

E a tua vida se (re)transformou.


Desconheço quantos mais

Anos vivo, duro, 

Meses, dias, que me restais

Nem tão pouco o meu futuro. 


Um dióspiro maduro

Fruta apodrecida

Num cabaz castanho escuro


Fruta pelo bicho ferida

Que outrora brilhou, juro, 

Em anos, meses, dias, de felicidade incontida! 


(do autor Sérgio Moreira)