sexta-feira, 17 de abril de 2020

VIRULENTA PESTE - Soneto

Que estranho sonho, este,
que tragédias vêem castanhos olhos
que bailado em que te perdeste
que caldeirão em mistura de molhos.

Molhos estes são os sentidos,
neste caldeirão da morte misturados,
espanto e admiração não contidos 
ao vê-los nele, fatalmente cozinhados.

Virulenta peste transparente
num ápice, - Oh Humanidade!
- Adoeceste. Nações e povos derrotados...

E eu? Já de mim um ser doente,
testemunhando esta calamidade
acordado, vivo, este sonho tão deprimente!

(do autor Sérgio Moreira)