quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Bruxas andam por aí! Noite de HALLOWEEN!

Bruxas andam por aí, nesta noite em que o oculto anda à solta (dizem) e à pergunta - Doçura ou travessura? - O leitor é que decidirá o que quer para si...


Duas lindas bruxinhas da Agra...
 
 
Já com o saco de doçuras, cheio...
 
 
À porta de um particular...generoso em doçuras...
 
 
Os lanhesenses a mostrarem que afinal a noite de bruxas, não está, ou foi esquecida...
 
 
Resultado final de uma noite em demanda de doçuras...belo e farto "pecúlio"!


Eu, quanto a mim, prefiro sempre a doçura...fotografias das travessuras...como é óbvio, não vou postar...(risos)!!!


Boa noite das bruxas! Boa noite de HALLOWEEN!




Em tons de vermelho!

Com o Outono a desfilar perante o nosso olhar, ocorre normalmente um fenómeno curioso, na Avenida Rio Lima, junto ao Parque Verde, onde os Bordos que lá ocorrem, com o tempo a esfriar, vão perdendo o verde das suas copas, para se revestirem estas, de um belo tom avermelhado-carmim, dando um colorido especial a esta zona. À semelhança do ano passado, não resisto a partilhar um set de fotografias, onde se pode ver toda a beleza que estas árvores (ainda jovens) nos transmitem, dando um ar cool e bastante sensual à zona da veiga!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tons de Outono em Lanheses, com os Bordos a avermelhar a paisagem lanhesense...um must para o olhar...
 
 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

FOTOGRAFIAS POETIZADAS!

Existem certas fotografias
que merecem ser poetizadas
por palavras escritas, em mil caligrafias,
em rimas livres ou emparelhadas.
Fotografias, com o seu quê de especial
tiradas num certo momento
apanhadas de um ângulo colossal
reportando sentimento.

Esta, onde reina o verde e o amarelo
matiz de bela cor
onde reina o castanho, e o caramelo
tudo bafejado com húmido odor,
é assim que a natureza o faz
do caos, nasce a harmonia
é assim que a lente perspicaz
a eterniza numa fotografia.

O local não é secreto
é em Lanheses, é o "Olho"
é beleza em concreto
que numa fotografia recolho...
árvores, água, muito verde
brotando vida em mim,
mais o amarelo, em que o olhar se perde,
e que embevecido, me deixa assim.

Sempre muito criticado
por vezes sem motivo
o "Olho" é belo, adocicado,
para mim será sempre querido,
onde a beleza sem par
da natureza bravia
me vem o rosto afagar
quando ali saco, uma fotografia.

E eis que foi no Outono
que esta fotografia foi sacada
estação que em nada abono
e que me deixa a alma abafada,
melancolia, sei lá...
ah...Verão, Primavera...
fotografia em paisagem vã
que o meu olhar sempre venera!

Levanto-me e desapareço
abandono aquele local
levando um sorriso de apreço
pela beleza fenomenal
que consigo sempre encontar
e que tanto me inebria,
ali, junto às águas do "Olho", a fotografar,
palavras escritas, numa simples fotografia!


A paisagem que se vê no "Olho"...em dia de Sol, em dia de Outono!
 
 
(do autor Sérgio Moreira)
 
 
 
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

DIVULGAÇÃO!

PARA DIVULGAÇÃO!
 
Acção Micológica.
 
 
Vai a Junta de Freguesia de Lanheses, dia 03 de Novembro, organizar e desenvolver uma acção micológica com correspondente saída ao terreno, ou seja; para quem não sabe, a micologia é a ciência que estuda os fungos e neste caso particular, neles inseridos, estão os cogumelos (petisco que adoro degustar), e que por vezes por falta de conhecimento ou ignorância até, provocam graves mazelas às pessoas que os colhem e ingerem inadvertidamente, podendo até a sua ingestão, causar a morte, como há dias atrás foi noticiado pelos vários órgãos de comunicação social, tendo uma família vindo a perecer após a ingestão de cogumelos venenosos, colhidos no campo, neste caso, espécies silvestres! Um perigo, para aqueles mais incautos!
 
Participe, numa acção que se revestirá de extrema utilidade, para quem se interesse por estas matérias, já que em Lanheses, na veiga, junto à Ponte de Linhares e noutros locais também, estes fungos, por vezes tão deliciosos ao paladar, embora ao mesmo tempo perigosos para quem ingira a espécie errada, ocorrem em abundância!
 
 
 
 
 Certamente, será um dia diferente e extremamente lúdico!
 
 
 

domingo, 28 de outubro de 2012

Horário de Inverno!

Pois é...os ponteiros do relógio vão avançando lentamente medindo o tempo, implacáveis, na dança da vida, fazendo de nós a cada segundo que passa, homens e mulheres mais velhos(as)...

Hoje, Domingo, dia 28 de Outubro, segundo o convencionado em Bruxelas e que a todos os que somos europeus, enquadrados nesta comunidade de Estados, obriga; devemos atrasar os nossos relógios em uma hora e assim entrarmos no horário de Inverno.


Às duas da madrugada os relógios deverão ser atrasados em uma hora.
 
 
Entramos na época do ano em que tristemente (pelo menos para mim) veremos os dias cada vez mais curtos em duração, até dia 21 de Dezembro, dia do solstício de Inverno, quando estes mesmos dias, motivados pela lenta viagem do planeta Terra em torno da sua estrela, o Sol, começarem de novo a aumentar em duração, para nós habitantes que somos, do hemisfério Norte!
 
A mim pessoalmente, este horário incomoda-me, particularmente quando me apercebo que em certos dias mais cinzentos e chuvosos, às 17.30h ser praticamente noite...enfim, continuemos conformados, neste jogo do calendário e tentemos antes, descobrir em particular, os encantos que estas duas estações do ano também nos podem proporcionar. Isso, sim, é que é importante...
 
Não se esqueça de atrasar o seu relógio...e ser feliz!
 
 
 
 

Cinco pontos!

Deste ponto vejo cinco,
cinco outros pontos também,
que o Sol banha com afinco
sob o meu olhar de desdém.
 
Não é desdém de quem não gosta
nem tão pouco de quem detesta
é a luz do Sol que não me mostra
os cinco pontos que dormem a sesta.
 
Olhá-los de frente não consigo
tal o Sol e a sua luminosidade,
que o meu olhar fere com voracidade
embora os sinta, aqui comigo.
 
São barcos e estão no Lima,
serenos, ao Sol do Outono
paisagem que comigo rima
me sinto Rei, em luminoso trono!
 
E assim ao olhá-los, embevecido
mesmo que o Sol o dificulte
ternura em coração, mais que aquecido
amor em mim, assim resulte!
 
Os cinco pontos me inspiraram
a resolver este teorema
ali estáticos, me alegraram,
letras em rima e em fonema,
junto ao Lima e aos cinco pontos,
palavras juntas em pequenos contos,
assim se compõe um simples poema
por flutuarem ali, os cinco pontos!
 
 
 
(do autor Sérgio Moreira)
 
 
 
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Revisitando o tema - Património singular!

Ainda há uns poucos dias atrás, escrevi sobre uma ruína que existe no Lugar da Rocha, tecendo considerações acerca da mesma, do local onde está edificado o edifício e referi sentimentos que aquelas paredes ocres me transmitem sempre que lá passo e alguns minutos me detenho a admirá-la. Um testemunho importante daquela que foi a indústria tradicional em Lanheses, que existia há já longos e idos anos!
 
Muito agradavelmente recebi via email relativamente ao post que criei, a participação sempre atenta e inteligente por parte do amigo Amaro Rocha, lanhesense que muito prezo, mas que não gosto de visitar no seu local de trabalho, pois é sinal de que sempre que lá vou é para esbanjar dinheiro em medicamentos, logo, estou adoentado...(risos), o que não é nada de positivo, diga-se! Como não é segredo para ninguém, não sendo oriundo de Lanheses, é-me difícil muitas vezes tratar alguns locais, edifícios e muitas pessoas, pelos nomes, pois, como é óbvio, não os sei ou desconheço, dada a minha condição de forasteiro. No entanto, vou sempre recebendo uma dica aqui e ali, também aprendendo e, referente a estas temáticas que tratam o passado, tenho recebido uma ajuda preciosa do Amaro, fornecendo-me dados históricos e registos fotográficos de extrema importância que mostram Lanheses, por vezes, como nunca nenhum de nós, mais novos e forasteiros (como eu) imaginaram algum dia ver! Muito, este amigo, me tem ensinando e não é vergonha nenhuma estarmos sempre a aprender...antes pelo contrário!
 
Ora, no seguimento do meu post "Património singular" onde foco as ruínas da fábrica de blocos e de telha edificada no Lugar da Rocha, a "antiga fábrica do Agra" recebi, como já anteriormente afirmei, via email da parte de Amaro Rocha, informação preciosa e histórica relativamente a este tema, que passo a citar em parte, com explicações mais detalhadas daquela que um dia foi, grande empregadora na aldeia de Lanheses. Seria, da minha parte, de um egoísmo inqualificável, que não partilhasse com todos os leitores do blogue, estas preciosas informações! Passo a citar:

"No seu post “Património singular…” publicado em 19 de Outubro, levantou a pertinente questão “até quando este património singular aguentará a ruína”.
É de facto triste ver desaparecer estas velhas unidades industriais, símbolos de um passado glorioso. A fábrica em questão “a velha fábrica do Agra” no lugar da Rocha foi uma referência no passado. Fundada em 1942 por José Martins Agra, juntamente com Manuel Araújo e Palmira Sequeira da Silva, a fábrica “José Agra e Cª” destacou-se no fabrico industrial de telha e tijolo. “Inovadora na época, esta fábrica destacava-se pelos aperfeiçoados meios técnicos, o que permitiu que a qualidade melhorasse muito” – como escreve a Dr.ª Maria de Fátima Pimenta Agra em “A Olaria em Lanheses” (Edição da Junta de Freguesia)
Em 1967 funcionou nesta fábrica um ensaio de louça decorativa, com a fundação da “Olaria Artística de Lanheses – OAL”, com a iniciativa de José Martins Agra.
Em 1983, nas mesmas instalações, nasceu a “Olaria de Lanheses”, sociedade por quotas “Agras e Dias Limitada”. Esta iniciativa também não resultou, acabando por fechar na década de 1980.
Também nestas instalações funcionou durante muitos anos, uma pequena unidade de produção de blocos de cimento, também de José Martins Agra, e cujo responsável era o popular Manuel Correia da silva (Quinta Nova).
Actualmente só resta uma carpintaria.
"


Em seguida, os documentos fotográficos da antiga fábrica, José Agra & Cª:



 
Fotografia tirada em 1984, logo, logo, a comemorar o seu trigésimo aniversário (a foto).
 
 
 
 
Fotografia tirada em 2001, antes de um incêndio que destruiu esta parte da antiga fábrica!
 
 
 
Idem, idem. Esta bela fachada, já não existe!
 
  
Idem, idem.
 
 
Vista da estrada da Rocha, em 2001.
 
  
Trágico incêndio de 2010...acho eu, nunca devidamente explicado!
 
 
Idem, assim se perde tragicamente, um legado histórico da mais alta importância!
 
 
 
Um dos fundadores da fábrica, Sr. José Martins Agra.
 
 
Abaixo, imagens de alguns dos artefactos de olaria produzidos nesta fábrica!
 
 
 
 
Um belo conjunto!
 
 
 
 Pintada manualmente...
 
 
Toda pintada...belo exemplar 
 
 
 
 
 
A telha, que se produzia, nesses tempos idos...Lanheses, ainda se escrevia com "z".
 
 
 
Idem.
 
 
Para o final, não poderia deixar de postar aquela que considero dentro de todas estas fotografias a mais importante, tirada a "preto e branco", onde se podem, ainda ver ao alto, as imponentes chaminés desta antiga indústria, um marco histórico da cultura e do passado lanhesense, que, a meu ver, seria de todo importante tentar preservar!
 
 
Testemunho de gloriosos, longos e idos tempos, da indústria tradicional portuguesa...
 
 
Para quem gosta de história, de estudar a etnografia, a cultura e matrizes históricas de uma comunidade, de um povo, de um país, como eu gosto, considero estes documentos de uma importância avassaladora, tanto mais que hoje em dia já todos sabemos que importância se dá ao passado e ao que é tradição...nenhuma! Assim vai este nosso país, não sabendo estudar e realçar o seu passado de modo a perspectivar o seu futuro...
 
Como o adiantado estado de degradação que este conjunto fabril hoje em dia apresenta, assim está a política nacional para o presente e para o futuro, na ruína, não tendo um rumo, nem tão pouco uma perspectiva de como não deixar as tradicionais fachadas e paredes ruírem...
 
Ao Amaro, o meu agradecimento do costume!
 
 
 
 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Cores do Outono!

O poder inspirador que tem uma fotografia! Neste caso pode traduzir-se num post criado no blogue, para esse efeito e que dela resulte. É verdade! No decorrer da minha actividade diária, saindo de automóvel dos semáforos da Feira, em direcção a casa, na Granja, uma imagem ficou-me retida na memória. Aquela árvore que ocorre no Largo da Feira, entre tantas outras, em dia chuvoso, com uma copa composta de um amarelo lindo, obrigou a que passados alguns metros, e sem que me saísse da memória, invertesse o sentido de marcha, retornasse à Feira, onde, depois de parar por momentos o automóvel, fiquei ali imóvel admirando a beleza daquele exemplar arbóreo! A Fuji entrou em acção e o resultado posta-se abaixo, numa fotografia que reflecte o tradicional colorido de Outono, que se vive por estes dias em Lanheses!
 
 
 
 
 
Destacando-se das demais "primas", que pela Feira vão ocorrendo, a sua copa de um extremo amarelo vivo destaca-se do cinzentismo que tem caracterizado a paisagem deste largo, cartão de visita desta aldeia, nestes dias chuvosos deste Outono!
 
 
Estas são as cores do Outono!
 
 
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Naquele lugar belo e encantado!

Muito amiúde ali me sento
naquele lugar belo e encantado
trazendo acalmia e sentimento,
a um corpo que pede para ser serenado!
 
Muito amiúde a ira se acalma
com todo esse verde tão delicado
que aquele lugar transmite à alma,
sentado no chão, naquele lugar belo e encantado!
 
Muito amiúde fitando o céu
pintado de azul e riscado a branco
nuvens em espírito, em mim, puro encanto,
pedaço da veiga que a natureza me deu!
 
Naquele lugar belo e encantado
jaz no seu chão, quem só quer ser amado...
 
 
 
 
(do autor Sérgio Moreira)
 
 
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ouriços.

Ouriços verdinhos, com deliciosas castanhas no seu interior! Está a chegar a época delas e as condições meteorológicas já convidam a permanecermos por casa degustando este singular manjar que a natureza nos oferece!

 
 
 
 
 
Estes [ouriços] foram apanhados do chão, na veiga, servindo de alimento à passarada que por ali costuma deambular, em breve, pelas ruas de Portugal, não faltarão os vendedores das "quentes e boas", que nos aquecerão o estômago com o seu aroma morno e algo adocicado...afinal o Outono até tem certas "coisas" boas...
 
 
 

sábado, 20 de outubro de 2012

Manuel António Pina!

Sentia, camarada, há muito tempo, a ausência das tuas crónicas na última página do JN, da tua poesia, da tua prosa e desse teu sorriso enigmático...descansa em paz...gato do Porto! Foi-se o corpo, mas ficará para sempre em nós uma marca tua, a marca da poesia que tanto amaste e que em nós incutiste subtilmente, assim como a tua genial obra, que se tornará com o passar das décadas e dos séculos, imortal!

 
 
 
"A um Jovem Poeta
 
Procura a rosa.
Onde ela estiver
estás tu fora
de ti. Procura-a em prosa, pode ser

que em prosa ela floresça
ainda, sob tanta
metáfora; pode ser, e que quando
nela te vires te reconheças

como diante de uma infância
inicial não embaciada
de nenhuma palavra
e nenhuma lembrança.

Talvez possas então
escrever sem porquê,
evidência de novo da Razão
e passagem para o que não se vê."

Manuel António Pina, in "Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança"
 
 
 

 
 
Descansa em paz camarada, agora, que terminaram as loucas horas de infindáveis conversas...vemo-nos por aí!
 
 


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Património singular...

Como em tudo na vida, sempre que analisámos algo, um local, um objecto, uma realidade, um poema, uma pintura; enfim as mais variadíssimas coisas, podemos ter dois tipos de análise, uma análise mais generalista ou uma análise mais profunda, e como em tudo na minha vida, sou um ser de análises profundas, sempre que algo me toque no íntimo e me suscite significativo interesse, ou de análises mais generalistas ou desprendidas de interesse até, sempre que o assunto em mim não desperte significativa curiosidade...ou o ache ignóbil!
 
Não foi o que se passou comigo, quando andava perdido em pensamentos e divagações, pela Rocha, um lugarejo de Lanheses que me agrada percorrer e atentamente observar, pois por ali me parece muito amiúde, que o tempo passa mais lentamente...desde logo pelo silêncio que se sente nas estradas deste lugar, onde muito espaçadamente circula um ou outro veículo automóvel, quer pela ausência de gente nas mesmas ruelas, que normalmente costuma estar encerrada no interior de suas casas, ainda por cima, muito mais agora que chegou de novo o frio, quer pela atmosfera bucólica que reina naquele lugar, com o casario branco dominando a paisagem, misturado com o verde e castanho do arvoredo que ali ocorre no monte das cercanias. Talvez um dos mais silenciosos lugares de Lanheses!
 
Ocorre ali, em pleno centro do lugar da Rocha, fantasmagórica, testemunha eloquente de um passado glorioso, ainda que hoje em dia funcionando no seu interior uma carpintaria, um dos imóveis mais ilustres dos edificados aqui em Lanheses. Não me perguntem nomes, ou quem foi um dia proprietário daquelas paredes ocres, pois não saberei responder, no entanto, naquele dia ao final do tarde os meus olhos se detiveram novamente naqueles maciços de tijolos ocres, onde há muitos anos funcionou uma fábrica de tijolo e pelo que sei, de telha também!
 
 
Olhando aquelas paredes semi-destruídas ainda que erguidas ao alto, orgulhosas do passado que encerram em si, a velha fábrica do tijolo da Rocha, não me passa nunca incólume ao olhar e consequentemente, ao pensamento! Imagino os mil tormentos que trabalhadores e trabalhadoras ali passaram entre quatro paredes, das agruras vividas por causa do trabalho e da míngua que reinava naqueles tempos, rostos e corpos suados, moldando o barro sob altas temperaturas, para que daqueles fornos, em forma de blocos ou de telha, saísse o barro já moldado! Talvez até porventura, você que possa estar a ler estas linhas, tenha lá trabalhado ou tenha familiares que lá tenham trabalhado também. Recorde! Recordar o passado nunca fez mal a ninguém, atendendo que se o valorize devidamente! Mostram-me estas arcaicas e decrepitas paredes, um passado recheado de sucesso, testemunha do labor e empreendedorismo de uma comunidade rural, como o da comunidade lanhesense, um vestígio e ruína históricos, testemunho ainda vivo, por quanto tempo mais não sei, dada a sua decrepitude, de todos os que ali fizeram um pouco daquela que é a história da indústria em Lanheses!

Imagino ao olhar estas paredes, os aldeões, há longos anos atrás, depois do sino da Igreja da aldeia ter soado a trindade matinal, cortando o silêncio sepulcral da madrugada aldeã, abandonarem os seus lares e percorrerem, toldados pelo frio e pela gelada geada típica do Alto-Minho, os caminhos da aldeia em sentido da velha fábrica, na altura, glamorosa, esperando a força dos seus braços para mais um dia de jorna...como era diferente de hoje a vida de então! Parece que o estou a viver, sem contudo, nunca o ter presenciado!
 
 
  
Rainha da Rocha...ou ruína da Rocha!?!
 
 
Um pormenor dos muros em tijolo.
 
 
 
 
 
Hoje em dia tudo é passado e as empresas juntam-se agora, nestes tempos modernos em aglomerados a que damos o pomposo epíteto de "Zona Industrial"; Lanheses tem a sua, para o bem e para o mal, mas as paredes em tijolo ocre da velha fábrica, que um dia fervilharam de vida e quem sabe encerram em si, tormentos e angústias de quem por lá trabalhou, continuam de forma, embora um pouco tosca, hirtas, resistindo à nova zona industrial e ao sabor do lento passar dos tempos, sujeitas aos rigores do clima, não arreando no entanto, ao peso dos anos. Este foi um passado prolífero da industria tradicional lanhesense, onde um dia houve quem projectasse negócio, empregando o povo desta aldeia!
 
 
 
Olhando algo entristecido, por ver como este país trata o seu património; estas paredes me parecem querer dizer - Estamos aqui, salvem-nos, de uma morte mais que anunciada, porque nós somos passado, mas importante legado histórico desta comunidade rural, Lanheses!
 
 
Até quando este património singular aguentará a ruína!?!
 
 
 
 
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sinto frio...será normal?

Pela primeira vez, este Outono, vesti um casaco forrado a pelo (sintético, claro) e confesso, não me incomodou minimamente. Sinto frio...será normal? Estranho, o Outono ainda está a começar e, já tivemos chuva em abundância, para agora, pelo menos hoje, cair sobre nós uma aragem gelada. Entrou mesmo a matar, como se diz na gíria, este Outono! Estarei doente? Penso que não, mas hoje, durante todo o dia senti um frio que me chegava quase até aos ossos e me resfriava o esqueleto! Espero que muitos mais o tenham sentido (o frio), porque caso contrário, deverei estar mesmo doente! De noite tenho a constatação das minhas suposições ao ver nas notícias que o primeiro nevão do ano se abateu sobre a montanha mais alta de Portugal Continental, a Serra da Estrela. Bem cedo este ano! Está mesmo frio...
É então que circulando pelas ruas da aldeia, vendo as pessoas com as cabeças cabisbaixas e circulando em passo rápido, me apercebo que muitos outros estão a sentir o mesmo que eu, frio, muito frio! Por estes dias já sabem bem as meias-de-leite quentinhas bebidas na pastelaria Arezes, enquanto se aprecia a vida vista da Feira, em tempo frio e outonal. Já sabem bem as roupas mais grossas e que aquecem o corpo, já sabem as meias calçadas nos pés e calçado a condizer, e com chuva (para muita tristeza minha e dos meus peludos) as idas à veiga para passear, começam a ser mais espaçadas, mais esporádicas, deixando um pouco à sorte dos tempos e dos vendavais, aquele imenso e maravilhoso mundo em tons verdes, que em breve se transformará num mundo colorido de tons amarelos, para daqui a uns meses,  no Inverno, reinar a nudez vegetativa, com a veiga coberta de geada...Em breve estaremos no dia dedicado aos finados e como diz a sabedoria popular - Dos Santos ao Natal, vai um saltinho de pardal! - assim também, um homem se vai fazendo velho, vendo, Verões, Outonos e Invernos passarem inclementes, nesta valsa rodopiante que é a vida! Assim me estou a transformar no velho que serei (caso viva para isso), daqui a uns anos, assistindo impávido à dança dos Outonos que desfila em frente ao meu olhar...já senti calor, já torrei a pele nua ao Sol, para agora sentir de novo o frio e cobrir esta mesma pele que no Verão, nua, viveu feliz...longe vão os dias de banhos tomados com água gelada!
 
É agora chegado o tempo de tapá-la (a pele), vestir este e aquele agasalho mais grosso, que estava fechado no baú...das lembranças...
O Outono, chegou em força e sinto frio...lá fora, os campos estão húmidos pelo frio que cai de noite e eu, fechado em casa, escrevo estas linhas no blogue, lembrando o Verão!
 
 
Me quer parecer que este Outono/Inverno, irá ser bastante rigoroso!
 
 
 
 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Novas árvores.

Já há muito tempo, não voltava aqui no blogue ao tema do arvoredo e em consequência disto e das minhas passeatas pela zona da veiga e do rio, apanhei há uns dias passados umas bolotas de carvalho, daquelas que abundam pelo chão da veiga (tenho visto muita gente a apanhá-las do chão, curioso), junto às árvores de que se vão desprendendo naturalmente, pois estamos no Outono, e resolvi, à semelhança do ano passado, plantar algumas delas para que nasçam novos carvalhos. O ano passado por esta altura, elaborei um tópico ("Como germinar bolotas?") com a explicação de como se deve fazer germinar bolotas de modo a que nasçam novas árvores, neste caso, novos carvalhos. Este ano, vou de novo fazê-lo, mas utilizando um método diferente. Se o ano passado as envolvi em algodão ensopado em água numa tina de plástico de modo a que germinassem, este ano preferi, utilizar o método mais prático.
 
 
Resultado da germinação de bolotas do ano passado...um lindo e jovem carvalho. Este ano terá de ser transplantado para novo recipiente e nova terra.
 
 
As novas bolotas, apanhadas do chão, depositei-as num vaso com terra fertilizada (como mostram as fotografias abaixo postadas), tapei-as bem e deixo agora, com esta humidade que está no ar, mais a chuva que está a cair; deixo agora, como dizia, que a natureza se encarregue de fazer o seu papel e em breve possa ver a desabrochar da terra, novas formas vegetais bem pequenas que em breve se transformarão em grandes árvores.
 
 

Prontinhas para serem plantadas.
 
 
Na terra.
 
 
Tapadas, agora é só aguardar...
 
 
 
Uma forma lúdica de passar o tempo, contribuindo também, para o fomento do ambiente.
 
 
Agora é só saber aguardar e se o tempo ficar seco, contrariamente às previsões meteorológicas, muita chuva se espera para os próximos dias; convém ter a terra sempre e devidamente húmida, para que as sementes germinem.
 
 
Faça como eu! Já pensou que estas árvores que agora está a tentar que germinem, poderão, sem grandes dificuldades atingir os quinhentos a mil anos de idade sobrevivendo aos nossos tempos e a centenas e centenas de gerações? Fascinante, não é? Mais a mais, prova da nossa existência e passagem por este mundo, sempre que plantamos uma!
 
 
 

domingo, 14 de outubro de 2012

Tive razão...posso falar...

Domingo, 1.03h da madrugada, sem cheta de sono, sala escura, música no PC enquanto lá fora chove de novo e eu de olhos fechados, sentadinho na minha poltrona relembro passeios e sítios percorridos...dou por mim, de repente, em Roma quando apaixonadíssimo, como ainda o continuo, de mãos dadas com aquela mulher que me marcou para sempre, saboreando cada um o seu gelado, porque ir a Roma e não comer um gelado é o mesmo que lá ir e não ver o Papa (curioso, não vi o dito cujo), mas comi o gelado; felizes, alegres, enamorados...percorrendo estas ruas históricas de noite sem qualquer preocupação com segurança, um local marcou-me também profundamente...junto a uma Igreja majestosa, num largo enorme, frontal com a avenida principal desta metrópole e nas escadinhas da dita Igreja...ali ficamos os dois a absorver o que a cidade nos dava...nos transmitia, vendo o trânsito caótico, gente apressada, ou mais lenta, bandos de pombos em redor de todos quantos por ali deambulávamos, aquelas portas verdes enormes...aquela fachada...o pequeno fontanário em frente onde refresquei um pé que latejava há horas! Por ali nos deixamos estar eu e tu...no meio de uma tremenda multidão de turistas que tal como nós gozavam Roma e os seus segredos! Que delícia de cidade!
 
- Tive razão...posso falar... - comecei eu, tu sorriste...o teu sorriso, mundo - É verdade ele gravou aqui o videoclip da música! - eu retorqui - Precisamente onde estamos neste momento sentadinhos a saborear esta Roma tão antiga e ao mesmo tempo tão sensual e romântica...Roma é nossa por estes dias! - tu sorriste de novo e eu fiquei ali a apreciar a vida...apaixonado...cigarro na boca, dando graças por estar vivo e poder estar sentado onde a música que se segue foi gravada em imagens!
 
 
 
 
 
em silêncio disse, sem ninguém escutar...- Ah Roma...
 
- Demorou, vai ser melhor...
 
 
 

sábado, 13 de outubro de 2012

III Tertúlia - Tradições e saudade!

Foi num ambiente bastante intimista e deveras surpreendente, que decorreu esta que foi a terceira tertúlia, organizada pela Junta de Freguesia, ontem à noite, noite de sexta-feira, bastante fria por sinal no exterior, mas extremamente quente no interior daquelas quatro paredes, onde os tertulianos se entregaram com prazer ao convívio a à partilha de sentimentos.
 
Surpreendentemente e ao contrário das edições anteriores este terceira tertúlia não se realizou na bela sala da biblioteca, ocorreu antes porém, no belo salão do andar superior do edifício da Junta que está definido como auditório, uma sala mais ampla, onde as paredes (a meu ver) estão decoradas com muito bom gosto, preenchidas com materiais de qualidade e verdadeira robustez e onde se sente um nível acústico tremendo em qualidade, para que se realizem ali variados espectáculos de teor cultural, quer sejam acompanhados por música, quer sejam somente a voz! Endosso daqui, os meus parabéns aos membros que compõem a edilidade, pela qualidade com que esta sala foi projectada e erigida! Sabendo também que a mesma, ainda não está totalmente terminada!
 

 
"Às escuras", iniciando-se esta III Tertúlia, enquanto se ouvia a melodiosa voz de Ana Ferreira.
 
 
Esta mulher tem uma voz prodigiosa...
 
Esta reunião de amigos começou com o "mestre de cerimónia" o presidente Ezequiel Vale, após os tertulianos estarem devidamente acomodados nos seus lugares nas mesas decoradas com bom gosto e com algumas saborosas entradas disponíveis para serem degustadas, a dar o mote para o que se desejava que acontecesse nessa noite, proferindo discurso a condizer, quer sobre a tertúlia, quer sobre este novo espaço onde todos estávamos comodamente sentados.
 
 
Ezequiel Vale discursando.
 
 
Foi então dado início à tertúlia, onde uma vez mais os [inexcedíveis] funcionários da Junta (justiça lhes seja feita, pois merecem-no perfeitamente) começaram a servir as entradas em jeito de aperitivo, tudo regado com saboroso vinho branco e acompanhados pelo som melodioso que saía da voz lírica de Ana Ferreira e do piano por si tocado e que a acompanhava também.


Uma geração de ouro, em Lanheses! Que muito admiro!
 
 
 Mesa simpática e sempre divertida!
 
 
Rostos belos das mulheres de Lanheses...eu sei..eu sei...sou suspeito para falar!
 
 
José Alberto Amorim, dando palestra a condizer com o tema da tertúlia, ou mostrando as virtuosidades de Lanheses a um indivíduo de Paços de Ferreira...(risos).
 
 
 
 
Mesa de "Mestre Caninhas" e do amigo Hugo Rios!

 
 
Depois de saboreados os primeiros aperitivos da noite, iniciaram-se as leituras com Ezequiel a ler o primeiro texto alusivo ao tema - Tradições e saudade, seguindo-se-lhe um convidado, Sr. Manuel Hermenegildo R. da Costa, edil da freguesia de Santa Marta de Portuzelo, a ler tema alusivo também, à saudade e às suas origens, para após, Sr. Paraíso com apaixonada locução apelando às recordações de infância, terminar este ciclo de leituras.

 
 
 
 
 
 
 
 
Foi tempo então, de se fazer o primeiro brinde, o brinde mais importante, o brinde à saúde de todos e à amizade! Com vinho branco, claro!
 
Continuando, desta feita com a participação de outros tertulianos, se contaram histórias que se adequassem ao tema da tertúlia, entre elas destaco a contada pela Dª "Dete do Zé Fires" e o quanto gostava, ela e as raparigas do Outeiro em tempos de meninas, de brincarem aos bugalhinhos. Foi muito engraçado ouvir esta linda senhora, contar divertidíssima, a sua história. Estes jovens de então, brincavam com os bugalhos dos carvalhos...como o mundo mudou, de lá para cá!!!
 
  
 
Dª Dete e a engraçada história dos bugalhinhos!
 
 
Uma mesa onde reinou sempre a boa disposição.
 
 
Nova pausa e novo brinde, desta feita, um brinde desejado por cada mesa de tertulianos, com vinho branco e onde entre os vários brindes propostos, destaco o feito por Rosa Maria Franco, esposa do amigo Hélio, redigido pela mesma no local e lido com a ênfase que caracteriza esta senhora, dona de uma voz prodigiosa para declamar poesia. Muito bonito!
  
 
 
Eis que chegou o tempo do brinde com tinto e novamente em pé todos foram brindando!
 
 
Nova pausa! Momento chegado que foi de degustar o jantar, alusivo ao tema da tertúlia, neste caso como não poderia deixar de ser composto por um prato típico, rojões salteados com várias outras iguarias de porco acompanhados de arroz e regados com tinto maduro (divinal diga-se), que entretanto começou a chegar às mesas...hummmm...uma delícia, não só o tinto, como o prato escolhido e muito bem confeccionado pelo marido da professora Esmeralda, vão-me perdoar esta falha grave, mas de quem não consegui reter o nome, dando mostras de ser um hábil cozinheiro! A ele, endosso daqui também, a minha felicitação por ter mãos tão hábeis!
Claro está, tudo acompanhado pelo som melodioso e lírico de Ana Ferreira na voz e ao piano, que uma vez mais brindou os tertulianos com uma série de belíssimos temas adequados ao jantar!
 
 
Hélio Franco lendo o seu texto, adequado ao tema.
 
 
Após o jantar, voltaram de novo as leituras, falaram-se e contaram-se de novo historietas que lembraram tradições e saudade...muita saudade; onde destaco, uma contada pelo Sr. Paraíso, que me fez rir a mim e a todos os convivas...interessante...era qualquer coisa deste género: ora veja lá caro leitor, o que ocorria em tempos em que não havia Internet nem tão pouco jornais em abundância que dessem assim notícias quase in loco...como tão facilmente ocorre nos dias de hoje!
 
- Naqueles tempos de longe a longe ouvia-se alguém, não se sabe quem, tocar um corno de onde saía um som alto e potente para logo de seguida se ouvir uma voz...as pessoas curiosas, chegavam-se logo à soleira da porta de suas casas e punham-se à escuta ouvindo as palavras que chegavam pelo ar saídas da tal voz...ó fulano de tal (nomes não foram citados como é óbvio) andas a dormir com fulana de tal...
 
Confesso que fiquei estupefacto quando ouvi esta história e dei umas boas gargalhadas...ena ena...tratavam-se bem naqueles tempos...ui ui! Ou então com a história de se fazerem competições (os rapazes) de pedrada...estou a imaginar autênticos campos de batalha com as pedras voando pelo ar...
 
Tradições...que passaram, muitas outras foram lembradas e cantadas e até Ana Ferreira, desafiando as tertulianas mais afoitas, conseguiu que as mesmas cantassem, por ela acompanhadas ao piano, modinhas da época, modinhas recheadas de tradição! Lindo! 
 
 
 
Helena Brandão, lendo um poema de sua autoria.
 
 
 
 
E as modinhas de então. Este foi um momento muito bonito, protagonizado por estas lindas lanhesenses! Ao piano Ana Ferreira.
 
 
O resto da noite tertuliana foi passada em alegre cavaqueira entre todos onde enormes gargalhadas se deram com as historietas que eram contadas e com muita cantoria à mistura, havendo tempo ainda para novo intervalo para se apreciarem um variado leque de doces e suculentas sobremesas tendo esta (noite) findado, já ia alta a hora da madrugada, com mais uma interpretação magistral de Dª Helena Brandão, entoando o famoso tema "Lanheses", acompanhada pelas vozes de um coro feminino, tal como Helena Brandão, muito bem afinado. É uma delícia ouvir estas mulheres simples, mas belas, prata da casa como se costuma dizer, darem semelhante colorido e beleza a uma noite, como foi esta! Quais artistas pimbas quais quê!?! Quem precisa? Nós aqui em Lanheses, NÃO! Com pouco mas com muita qualidade, com o que temos dentro de casa se faz uma festa, uma noite, mais uma vez a roçar a magia!
 
 Belíssimo final!
 
 
 
 
 
 
Não poderia no final deste tópico, deixar uma vez mais referência a esta sala, que foi criada com extremo bom gosto, inteligência, bem decorada e acústicamente (me parece) perfeita...
 
 
 
 
Pormenor.
 
 
Capacidade acústica notável!
 
 
Parede pintada por alunos de Ezequiel Vale...soberba ideia e genialmente bem conseguida!
 
 
No final, uma palavra de reconhecimento e agradecimento para com os funcionários da Junta de Freguesia, que serviram todo o repasto, onde nada faltou, sempre solícitos a servir quem se lhes dirigia! Mais a mais, com a enormidade de quilómetros que tiveram de enfrentar ao subir e descer a escadaria de acesso à sala onde decorreu a tertúlia, no primeiro andar do edifício da Junta.
 
Aos membros do executivo, os meus parabéns, já nem preciso de grandes palavras para me dirigir a eles, pois já todos começamos a ficar mal habituados e muito mimados com a extrema qualidade com que estas noites têm vindo a decorrer, já nem sendo preciso dizer grande coisa! Ora portanto, ocorre-me dizer por exemplo:
 
 
Venha de lá então, a quarta tertúlia!  Até breve!