terça-feira, 3 de janeiro de 2017

VOLTINHA NOCTURNA PELAS RUELAS DE LANHESES

O ronronar do PT CRUISER estacionado algures por estes caminhos da aldeia, numa noite não tão fria como as passadas, embora húmida e algo chuvosa e a FUJI em punho, trazem de volta ao blogue o gosto pela fotografia em modo nocturno, tão do agrado de quem estas linhas escreve!

Algo existe "na noite lanhesense", (entre aspas, porque a noite não é de ninguém especificamente, antes de todos que a queiram) que a torna bela e enigmática; talvez a ausência de gente que por estes asfaltos e paralelos circule, aliados à penumbra, mãos dadas com o alaranjado tom que lhes dão os lampiões da iluminação pública, levam a memória do autor do blogue, para tempos longínquos, os quais não viveu, tempos de míngua e sofrimento entrecortados por alegrias vagas, onde poucos eram os que dispunham de televisão em casa e muitos até nem de luz eléctrica...

Imagina-o o autor do blogue, sempre que de noite percorre estas ruelas, como seria a vida desta comunidade há setenta anos atrás, talvez não muito diferente em certos aspectos físicos como os que hoje em dia, ou aliás melhor, em noite, Lanheses e as suas ruelas a humano olhar transmitem.
Cada família encerrada em casa, caldo comido, uma conversa à lareira, depois o sono em colchão de palha e lá fora, lá fora, ninguém, só a penumbra e o silêncio!



















Calor! Calor é o que sente quem escreve, quando tal como a coruja, o mocho, de noite deixa o ninho e percorre a aldeia alimentando-se dos seus silêncios...

Lanheses, nocturna, uma paixão!


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