quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O HOMEM SEM MEDOS...

A viagem não termina nunca, só o homem termina...

Esta frase não sai do pensamento do autor do blogue, agora que sabe da triste nova, aqui para os lados de Lanheses!

Parco em palavras, assim o autor do blogue conheceu e privou por variadíssimas vezes com o Ramiro. Natural desta aldeia, filho de gente da mais conhecida da terra, sendo ele também, pessoa bastante conhecida de quase todos, e a quem, quase toda a comunidade dirigia um cumprimento. Partilhava, com quem, ainda um tanto ou quanto atordoado pelo estardalhaço que provocou em si esta triste notícia, estas linhas escreve, partilhava, a paixão pelo conhecimento cultural e fundamentalmente pelas viagens por este planeta e, não seria de estranhar, numa qualquer viagem por nós realizada, encontrarmos simpático personagem como era o Ramiro perdido pelas quentes ruelas da Etiópia ou a mergulhar com sereias nos cristalinos mares da Tailândia! Talvez se o autor do blogue fosse a Roma, veria mais rapidamente o Ramiro que o próprio Papa...
Como o admirava! Para o autor do blogue, o Ramiro era a personificação perfeita do homem sem medo, enfrentando ventos e marés, com a sua típica tshirt vestida (fosse Inverno, fosse Verão) e um sorriso enigmático posto nos lábios tipo Mona Lisa, travestida de homem! 
Tal era a sua imagem, tal era a sua personalidade! Marcante...

Forte e enigmática!

Trocava com o autor do blogue várias palavras sobre os locais onde ele estava, quando o autor do blogue estava em casa, e vice-versa, quando estava ele em casa e o autor do blogue se perdia por exemplo, pelos brancos e cálidos becos de uma qualquer ilhota grega...Era delicioso conversar com ele, discutir cada pormenor experimentado da viagem realizada, cada experiência sensorial, por mais mínima que fosse...


O Ramiro era um lanhesense dos quatro costados, mas ao mesmíssimo tempo era um cidadão deste mundo e a abóbada celeste por inúmeras vezes o seu tecto. Com o autor do blogue partilhava esta paixão por sair da terra, por viajar, por conhecer novos povos, novas culturas e não era por acaso que o autor do blogue o apelidava carinhosamente como - O viajante - acabando no entanto, tal como quem estas linhas escreve, por voltar a casa! Lanheses era sua casa.

E foi em casa que a tragédia se deu! Não interessa o meandro da questão, como foi, ou como não foi, etc.etc.

Interessa que se lembre para sempre e se homenageie o filho da terra, verdadeiro amigo do seu amigo, parco em palavras, mas dono de uma singular personalidade, e desculpem ao autor do blogue a franqueza; sem a sua forte presença física imerso nos seus sonhos, caminhando de mãos nos bolsos pelas ruelas da nossa aldeia, a mesma aldeia fica mais pobre, muitíssimo mais pobre...


Até sempre viajante...


Em jeito de homenagem sentida, o autor do blogue deixa esta imagem do Ramiro Rio que figura no seu perfil do Facebook, perdido algures num cantinho deste planeta, onde figura como sempre e como sempre o autor do blogue o admirou, envergando no rosto aquele fantástico e enigmático sorriso...

Com quem vai agora falar sobre viagens o autor do blogue, Ramiro?

O autor do blogue deixa um cumprimento de extremo pesar para com a família e muitos amigos do Ramiro, mas, nesta hora em especial, deixa um profundo abraço de amizade numa tentativa de amenizar a dor que deverá por certo ser profunda e atroz, à sua irmã Zélia, de quem o autor do blogue é amigo pessoal e lhe conhecia o amor que sentia e sente pelo irmão! 

Sentidas condolências!


Sem comentários:

Enviar um comentário