quinta-feira, 1 de março de 2012

Garça-Branca-Pequena.

Numa das minhas deambulações pela veiga de bicicleta enquanto apreciava a fauna e flora que compõe a nossa aldeia dirigi-me a uma zona bem sossegada, junto ao rio Lima, onde amiude se captam belas imagens de varias espécies animais entretidos nas suas vivências diárias.

Numa dessas deslocações ao tal sitio (que não vou aqui referir) deparei-me na borda da água com a maré baixa, frente a uma curiosa ave que ainda não tinha tido o prazer de ver, nem tão pouco fotografar, uma garça, um belo exemplar de Garça-Branca-Pequena (Egretta garzetta).

É uma ave de tamanho considerável, chegando a medir sensivelmente 60cms (embora bastante mais pequena que as suas congéneres), com um longo pescoço em forma de S, que se alimenta preferencialmente de presas aquáticas, rondando as orlas dos rios e pequenos charcos em demanda de anfíbios, peixes e outros, que sirvam a sua dieta! Animal de rara beleza e elegância enormes, a sua mais  marcada característica é a plumagem toda branca, apresentando bico e pernas de cor negras e os dedos da pata amarelados, assim como os olhos de cor amarela.

Pode ser vista um pouco por todo o território continental, como já referido; junto a estuários, cursos de rio e charcos. Animal solitário enquanto se alimenta, por vezes pode  ser avistado em bandos esparsos mas que ocorrem com muito pouca frequência! Quando ocorre em bando é sinónimo de colónia dormitório, ou de nidificação, que é feita no solo e em troncos de árvores, onde são incubados 3 a 5 ovos de cor azulada. O macho fornece os materiais para a composição do mesmo, mas é a fêmea que o molda e constrói. A prole é tratada por ambos os progenitores.


As fotografias não estão muito nítidas, porque fotografei a ave a uma distância bastante considerável. Por isso as minhas desculpas. No entanto, percebem-se bem as suas características; plumagem branca, patas e longo bico negros e dedos amarelos.


Dados e registo de mais uma espécie que vem enriquecer a fauna da nossa aldeia e que em muito depende das águas do rio Lima, que banha a nossa margem! Confesso achar curioso a visualização desta elegante ave, que ocorre mais frequentemente para o sul do país.

Bem...ainda há poucos anos ninguém falava disto e agora um dos ex-libris de Lanheses, são precisamente as Cegonhas que por aqui têm nidificado!


Provas da mudança climatérica que está em curso!





Sem comentários:

Enviar um comentário